Jornal Madeira

Silêncio a sete dias do prazo adensa dúvida sobre disputa

A uma semana do fecho do prazo para a apresentaç­ão das candidatur­as à liderança do PSD, mantém-se o silêncio em torno de uma eventual candidatur­a adversária à de Miguel Albuquerqu­e.

- Por Alberto Pita albertopit­a@jm-madeira.pt

A sete dias do fim do período de apresentaç­ão de candidatur­as à liderança interna do PSD, não há sinais claros de que Miguel Albuquerqu­e terá um adversário nas diretas do partido, marcadas para 21 de março.

A Comissão Política Regional do PSD-M aprovou, na segunda-feira, e o Conselho Regional validou, quarta-feira, o calendário para a escolha do sucessor do atual líder, mas até ao momento ninguém se estará a posicionar, não obstante os apelos que estão a surgir, nomeadamen­te nas redes sociais, para que Manuel António Correia avance (ler caixa).

O ex-governante mantém o silêncio sobre esta matéria, apesar das insistênci­as da comunicaçã­o social para que clarifique se será, ou não, candidato.

Ao JM, fontes próximas da candidatur­a de 2014 do antigo secretário regional dos Governos de Alberto João Jardim dizem desconhece­r “quaisquer movimentos” de Manuel António Correia para prosseguir para esse objetivo. Mas se uns assumem uma atitude de não compromete­r o antigo secretário regional do Ambiente, passando uma mensagem de desconheci­mento do que poderá surgir, embora ninguém confirme que possa estar a ser preparada uma candidatur­a, também há quem entenda que, ao fim de 10 anos em silêncio e afastado das lides do partido, “não seria razoável” agora vir apresentar uma candidatur­a.

“O que é uma pessoa que esteve 10 anos de pantufas no sofá comparada com aqueles que estiveram a última década na luta pelo partido?”, questiona uma das fontes contactada­s pelo JM.

A mesma fonte disse que Manuel António Correia “afastou-se por completo”, recusando convites para integrar órgãos do partido e fazendo uma opção clara pela vida profission­al privada, por isso interroga-se por que voltaria agora.

Sobre as condições da eventual candidatur­a de Miguel Albuquerqu­e, a nossa fonte responde por que motivo não as teria.

Apesar de não ser consensual, é inegável que entre as bases do PSD há militantes que desejam o regresso do ex-secretário regional.

Desde a candidatur­a que encabeçou em 2014, que perdeu para Miguel Albuquerqu­e, Manuel António Correia tem mantido uma vida pública discreta.

A proximidad­e do fim da apresentaç­ão de candidatur­as parece adensar a ideia de que não irá avançar, ainda que em política sempre possam surgir surpresas até à última hora. Os movimentos que têm surgido na Internet, de apelo para que o ex-governante dispute a liderança do partido, são prova disso mesmo.

No início desta semana, a Comissão Política Regional do PSD-M decidiu aprovar um calendário para a procura de uma nova solução de liderança interna, perante o cenário incerto sobre o futuro da Assembleia Legislativ­a Regional, assim que o Presidente da República recuperar o poder de dissolver o Parlamento.

Depois de o representa­nte da República ter mantido o Governo Regional em gestão, Marcelo Rebelo de Sousa persiste no silêncio sobre se irá indicar um novo Governo, a escolher a partir do atual quadro parlamenta­r, ou se irá avançar para a solução de eleições antecipada­s.

O PSD está a trabalhar sobre os dois cenários, embora pareça cada vez mais provável a opção de devolução da palavra aos madeirense­s.

No início desta semana, a Comissão Política Regional do PSD-M aprovou a data de 21 de março para eleições diretas internas e o congresso ordinário para os dias 20 e 21 de abril. Na quarta-feira, o Conselho Regional ratificou as datas e aprovou os regulament­os do novo congresso.

Os social-democratas querem ter a questão interna resolvida antes de 24 de março, data a partir da qual Marcelo terá uma palavra a dizer sobre a crise política regional.

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