Impacto tecnológico inspira instalação
Galeria anona recebe projeto multimédia do jovem artista Francisco Rodrigues, nos dias 21, 24 e 25 de julho.
Os impactos tecnológicos na atual estrutura sociocultural inspiraram uma instalação multimédia que é a nova proposta da anona - galeria de arte juvenil. O projeto intitula-se ‘PUSSY GUM PINK 1000’, é da autoria do jovem Francisco Rodrigues, e chega àquele espaço cultural situado na Rua dos Netos substituindo a exposição ‘Esquisitices da Imaginação’ da artista visual Paola Gomes.
Esta instalação estará aberta ao público nos dias 21, 24 e 25 julho, sendo que a inauguração acontece na sexta-feira a partir das 18 horas.
Nesse dia, assim como no dia 25, a galeria irá promover duas sessões de ‘screening’ com a presença do artista, às 18h00. A sessão inaugural será seguida de uma conversa com Francisco Rodrigues, que irá abordar, na oportunidade, “não só o processo de trabalho por detrás da instalação, mas também temas como identidade, a cultura pop, o digital e a realidade queer”, informa a galeria na informação partilhada com o JM.
É de realçar que nas duas datas seguintes - 24 e 25 de julho - o trabalho só poderá ser visitado com marcação prévia, que pode ser efetuada através do link disponibilizado nas redes sociais da galeria (@galeria.anona no Instagram e Galeria Anona no Facebook).
No fundo, este trabalho “procura dissecar elementos da existência contemporânea a partir da tecnologia que a impacta”, explica o autor que, na sua construção, adotou “uma metodologia influenciada pelos métodos operativos da
Internet”, entre outras tecnologias, através da qual os conteúdos “aparentemente distintos” é digerido e reorganizado na peça final, “numa procura por novas leituras, significados e experiências que perturbem a realidade normativa”, acrescenta Francisco Rodrigues, que apresenta assim, pela primeira vez, um projeto da sua autoria na Madeira.
Desvenda a anona que, no vídeo de ‘PUSSY GUM PINK 1000’,
“as narrativas de culturas online, grupos religiosos e iconografia de merchandise/franchise infantil são descontextualizadas e utilizadas de forma simultaneamente excitante e humorosa.”
Sobre o artista
A desconstrução e transformação de identidades, narrativas e mundos é algo que pauta o trabalho deste artista, nascido em 2001 no Funchal, que explora “as relações entre teoria quer, cultura, tecnologia e a Internet, inspirado pela cultura pop e pelas condições sociopolíticas atuais.”
Francisco Rodrigues aborda os vários assuntos através de um processo de “amalgamação, de quase liquidificação”, que acaba por combinar conteúdos supostamente distintos num único corpo de trabalho que abrange as vertentes vídeo, otografia, GIFS, texto e codificação.