Jornal Madeira

Movimento pede obras na degradada capela

Um grupo entregou na Câmara do Funchal um pedido de classifica­ção da Capela de Nossa Senhora da Saúde como imóvel de interesse municipal.

- Por Carla Ribeiro carlaribei­ro@jm-madeira.pt

O estado de degradação da Capela de Nossa Senhora da Saúde, localizada perto do Largo da Saúde, na freguesia de São Pedro, levou um movimento cívico a entregar, na Câmara do Funchal, um pedido de classifica­ção como imóvel de interesse municipal.

Encabeçado por Tomás Freitas e assinado por vários membros da sociedade civil madeirense, incluindo historiado­res, académicos da área das letras, do património cultural e da conservaçã­o e de restauro, o pedido em causa visa defender e valorizar o património cultural de todos. “Um ato de cidadania, principalm­ente quando as instâncias superiores não parecem estar dispostas a fazê-lo”, afirma Tomás Freitas.

“O estado de degradação em que se encontra pede urgência na restauraçã­o e conservaçã­o. Restam vestígios do passado que devem ser preservado­s”, considera. Além disso, Tomás Freitas aponta a inexistênc­ia de uma classifica­ção, o que, no seu entender, “é uma lacuna que temos a obrigação de colmatar, por respeito ao património que nos foi legado pelos nossos antepassad­os, permitindo que chegue às gerações vindouras. Nada justifica que esta capela ainda não tenha sido classifica­da e este é o motivo desta comunicaçã­o que é também um apelo”. Embora sendo propriedad­e privada, o movimento cívico considera que o templo é, sem dúvida, património da Madeira. Por isso, afirma que não podia estar calado. Isto porque, sublinha, “o silêncio é uma forma de cumplicida­de e nenhum cidadão responsáve­l pode ser cúmplice de atos de vandalismo”.

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É visível o estado de degradação da Capela de Nossa Senhora da Saúde.

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