Manuais escolares gratuitos para todos apenas na ‘era digital’

O projeto de decreto legislativo regional, da autoria do PCP, intitulado ‘Pela gratuitidade dos manuais escolares e dos recursos didático-pedagógicos na escolaridade obrigatória’, foi o derradeiro documento ontem em debate. Ricardo Lume disse que tal está implementado ao nível nacional, “por proposta do PCP”, abrindo uma discussão essencialmente entre professores.

Pelo PSD, a argumentação para o ‘chumbo’, que inevitavelmente hoje o documento vai receber, vai no sentido de que essa gratuitidade vai sendo implementada paulatinamente, através dos materiais digitais, sendo ainda lembrada que dois terços dos alunos têm ação social e, logo, material escolar gratuito. Sónia Silva, Valter Correia e Nuno Maciel assumiram essa defesa social democrata, ‘resistente’ aos ‘arremessos’ socialistas, protagonizados por Elisa Seixas, Rui Caetano e Sofia Canha, com intromissões ainda de Paulo Alves (JPP).

De premeio, elogios às ações dos municípios que prestam este apoio, “lógico e complementar” no entender dos sociais democratas, “substituindo-se ao Governo Regional”, conforme os socialistas.

A discussão foi intensa, com sucessivas comparações ao ‘preço’ da educação no território continental, muito mais elevado, na perspetiva do PSD, num debate em que as críticas aos tablets não escaparam, por parte do PS, Rui Caetano à parte que não pareceu se rever no respetivo teor, ele que reconheceu enormes vantagens nos manuais digitais: “acredito nestas potencialidades”.