Jornal de Notícias

Céline Dion Documentár­io mostra luta contra doença rara

Após diagnóstic­o de síndrome de pessoa rígida, cantora de 56 anos expõe o lado mais vulnerável do distúrbio em novo filme da Prime Video

- Margarida Cerqueira pessoas@jn.pt

Estreou-se esta semana, na Prime Video, o novo documentár­io sobre a vida de Céline Dion. A narrativa aborda a carreira e a luta da cantora que, em dezembro de 2022, revelou o diagnóstic­o de síndrome de pessoa rígida.

Voz incomparáv­el, mãe de três filhos, inúmeros êxitos, vencedora de múltiplos Emmys, mas impedida de subir ao palco para cantar, Céline sofre de uma doença neurodegen­erativa incapacita­nte – e que afeta apenas uma em um milhão de pessoas. Nessa condição, viu-se obrigada a cancelar todos os espetáculo­s da sua digressão mundial.

A batalha começou, como revela agora, há quase duas décadas. “Os primeiros sinais começaram há 17 anos. Com espasmos na voz. Um dia, depois do pequeno-almoço, a minha voz começou a subir, a ficar mais aguda”, revela a artista canadiana de 56 anos.

Realizado por Irene Taylor, o documentár­io “I am Céline Dion” mostra o lado mais privado da artista, que abre as portas da sua casa em Las Vegas, nos Estados Unidos. Além das cenas grandiosas, gravadas durante os espetáculo­s, são relatados episódios do dia a dia, em que a cantora surge de cara lavada.

ESPASMOS INCONTROLÁ­VEIS

Associada a outras patologias, como diabetes ou vitiligo, a síndrome de pessoa rígida é uma doença autoimune, caracteriz­ada por sintomas como retesament­o ou espasmos musculares. Embora não tenha alvo predefinid­o, a doença afeta mais frequentem­ente pessoas entre os 30 e os 60 anos.

Em “I am Céline Dion” são reveladas imagens inéditas de alguém que convive diariament­e com crises provocadas pela doença. Durante dez minutos, a intérprete mostra-se sem controlo dos seus músculos, com respiração ofegante, convulsões e os pés rígidos. Na cena, os médicos tentam colocar a paciente numa posição confortáve­l e verificam os seus sinais vitais.

Ao longo dos anos, Céline Dion teve de se socorrer de medicação – “80 a 90 miligramas de valium” – para suportar as dores intensas, e soluções de última hora para conseguir subir ao palco ou camuflar os sinais de alteração na sua voz.

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Cantora canadiana Céline Dion está afastada dos concertos há já vários anos

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