Trabalhadores da CaetanoBus querem melhores salários
Na paralisação de três horas em frente à empresa, em Vila Nova de Gaia, participaram dezenas de pessoas
GREVE Dezenas de trabalhadores da CaetanoBus concentraram-se ontem em frente à empresa, em Gaia. Numa greve de três horas, reclamaram melhores condições salariais e a valorização das carreiras.
“Contra a discriminação salarial e contra os ordenados de miséria” e “Parem de “roubar” os que trabalham e produzem” eram algumas das frases escritas nos cartazes exibidos em frente à CaetanoBus, empresa do grupo Salvador Caetano que fabrica autocarros e carroçarias para serviços de transporte urbano, turismo e aeroporto, entre outros.
A paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site-Norte). Segundo Miguel Ângelo Pinto, coordenador do sindicato, terão aderido à greve “perto de 100 pessoas”, representando entre “50% e 60% do pessoal de fábrica”.
O dirigente explicou que há “uma revolta e uma indignação imensas pelos aumentos salariais que a empresa aplicou este ano”. “Mais uma vez, a empresa
deu aumentos discriminatórios, com o argumento de que tinha dado um aumento no subsídio de alimentação de 26 euros em cartão e, depois, usando este argumento, deu aumentos de quatro euros, cinco euros, dez euros, 15, outros de 30 e 40, o que também aumentou aqui a revolta”, acrescentou.
Reclamam um aumento salarial “de 40 euros, no mínimo para todos os trabalhadores”, referiu, acrescentando às queixas a “desvalorização das carreiras profissionais”. A este propósito, disse: “Estamos a falar de trabalhadores com 20, 30 e mais anos de casa, alguns deles a ganhar pouco mais do que o salário mínimo”.