Líderes do PS acusam autarca de ter fechado “a porta”
Responsáveis dizem que Rogério Abrantes não quis concorrer
Os líderes distrital e concelhio do PS, respetivamente José Rui Cruz e Paulo Catalino, garantem que Rogério Mota Abrantes, presidente da Câmara, só não se vai recandidatar pelo partido ao município de Carregal do Sal porque “fechou a porta”. Falam em “tentativa de se criar desinformação”. E mantém a aposta em Catalino. A família socialista parte, assim, para as eleições dividida. O autarca vai avançar como independente.
José Rui Cruz admite que o presidente da Câmara e o líder concelhio se “zangaram”, em finais do ano passado. O líder distrital garante que perguntou a Rogério Mota Abrantes se pretendia concorrer a um terceiro mandato e que o autarca recusou. “Em março mudou de posição e já queria ser candidato”, alega o líder do PS/Viseu. Foi nesse mês, no dia 27, que a Concelhia rejeitou a recandidatura de Rogério Mota Abrantes.
O PS FEZ O SEU CAMINHO
Nesse dia, terá sido votada a aposta em Paulo Catalino, que vai ser ratificada pela Federação na terça-feira. “O presidente da Câmara nunca quis ser candidato. O PS fez o seu caminho e a Concelhia encontrou um candidato”, reforça o líder do PS/Carregal do Sal, que avançou como candidato.
A fação de Rogério Mota Abrantes assegura, contudo, que o nome do líder concelhio não foi votado. E que só terá ocorrido uma reunião extraordinária em que foi rejeitada a recandidatura do autarca. José Rui Cruz nega. E acusa o autarca de ter “instalado uma guerra contra o PS”. “Não foi candidato porque fechou a porta”.