Da coscuvilheira ao grão-mestre na Viagem Medieval
Feira Mais de duas mil pessoas dão corpo a personagens da Idade Média, compondo o cenário e fazendo recriações do tempo do reinado de D. Dinis
São mais de duas mil as pessoas que diariamente vestem a pele de personagens da Idade Média na 20.ª Viagem Medieval em Terra de Santa Maria, recriando episódios históricos, vivências, personalidades, classes sociais, artes e ofícios, costumes e vícios daquela época, ao longo de 33 hectares da festa que se prolonga até ao próximo domingo.
Em pleno Centro Histórico de Santa Maria da Feira, criam o ambiente que nesta edição transporta os visitantes ao reinado de D. Dinis e de sua mulher, D. Isabel.
Nas 28 áreas temáticas do evento são várias as personagens e os figurantes a participar entre espetáculos e momentos de recriação histórica em tempo real. O JN foi conhecer alguns dos protagonistas que contribuem para o êxito da Viagem Medieval.
GRÃO-MESTRE
Era da Ordem dos Templários, mas com o avançar dos reinados, à sua quarta participação na Viagem Medieval, José Moreira veste a Ordem de Cristo, que, instituída por D. Dinis, sucedeu justamente à do Templo “para ficar com o seu tesouro”, explica o grão-Mestre, de 23 anos. Na margem do rio Cáster, assentam as Ordens Militares, onde à de Cristo se junta a do Hospital, num contingente de 20 homens. “Alto! Ombro lança.” O grão-mestre “dá as ordens, no momento das patrulhas” e os soldados cumprem, explica José. As vivências das Ordens Militares são recriadas na respetiva área temática, pelo grupo de Dinamização Cultural de Mozelos (Santa Maria da Feira), entre as 15 e as 21 horas. Às 15 e 17 horas, há visitas guiadas. Às 17:30, há a surtida das Ordens.