Jornal de Notícias

Falta de ambição e “cúmplice” do Governo

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Ricardo Bexiga, líder da oposição socialista (composta ainda por Jorge Catarino e Sandra Vasconcelo­s Lameiras) critica a falta de ambição e as assimetria­s ainda existentes na Maia. Ana Virgínia Pereira, da CDU, acusa a maioria PSD/CDS de ser a voz do Governo no concelho, castigando os munícipes.

Ricardo Bexiga considera que se vive um fim de ciclo, marcado por duas figuras: Vieira de Carvalho e Bragança Fernandes. Atribui ao atual autarca “o equilíbrio das contas da Autarquia, desfeitas por uma gestão megalómana dos anteriores executivos”. Ainda assim, diz que o futuro é uma “incógnita” e que o município “tarda em afirmar-se”. Nesse contexto, sustenta que a Câmara “precisa de adotar políticas autárquica­s mais ambiciosas e de afirmar uma liderança mais assertiva, consentâne­a com os grandes e inadiáveis desafios da região e do país”.

”O concelho fechou-se sobre si próprio, abdicando da ambição legítima de liderar a Área Metropolit­ana, com uma tímida política de desenvolvi­mento económico, uma afirmação cultural praticamen­te inexistent­e e com claras assimetria­s entre as freguesias urbanas, por um lado, e as de caracterís­ticas mais rurais, por outro”, critica Ricardo Bexiga.

Ana Virgínia Pereira afirma que o Executivo tem sido de uma “obediência cega à coligação que sustenta o Governo” (da mesma cor política, ou seja, PSD/CDS) e que, assim, tem sido “cúmplice” das políticas de “cortes cegos” e de “delapidaçã­o de bens públicos”.

A entrega de cada vez mais serviços do município a entidades externas também merece reparos da vereadora comunista. Ana Virgínia Pereira recorda ainda que ainda há muito para fazer na requalific­ação de bairros sociais e que há “muitos pedidos” de habitação social por responder. E critica a opção por fundos imobiliári­os “altamente ruinosos e aventureir­os”.

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