Cartazes colados na Casa do Douro
Dirigentes da Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (Avidouro) colaram, ontem, cartazes de protesto na sede da Casa do Douro, na Régua, numa ação simbólica contra a tomada de posse do edifício pela nova gestão privada.
“Assaltantes da Casa do Douro para a rua”, “O património da Casa do Douro é dos viticultores” ou “Governo para a rua” eram algumas das frases que se podiam ler nos cartazes que foram colocados no edifício localizado na cidade de Peso da Régua, distrito de Vila Real.
A dirigente da Avidouro, Berta Santos, referiu que este foi um “protesto simbólico” para marcar o dia depois da Federação Renovação do Douro (FRD) “ter forçado” a entrada na sede da Casa do Douro, que foi extinta enquanto associação pública em dezembro do ano passado.
A FRD ganhou o concurso público para a gestão privada da instituição em maio e garante ter legitimidade para entrar na sede, invocando, para o justificar, os decretos-lei do Governo e a escritura pública feita há quatro meses.
A ação, que juntou cerca de duas dezenas de dirigentes da Avidouro, foi decidida depois de uma reunião de urgência convocada pela associação e onde ficou decidido avançar também com uma campanha de informação pelo Douro, chamando a atenção dos produtores para o “que se está a passar”.
A Avidouro quer organizar, ainda, uma “grande manifestação de protesto” em frente à sede e garantiu que vai falar com os partidos de Esquerda porque acredita que a “privatização da Casa do Douro ainda é um processo reversível”.