Jornal de Notícias

Mercado renasce com call center e clínica social

Gondomar Protocolo entre Autarquia e Cooperativ­a dos Povos assinado hoje. Investimen­to de 75 mil euros

- Marta Neves martaneves@jn.pt

O mercado da Areosa, em Gondomar, vai voltar a atrair mais gente. Pelo menos essa é a pretensão da Autarquia que assina, hoje, um protocolo de parceria com a Cooperativ­a de Solidaried­ade Social dos Povos de Gondomar. Esta promete ocupar seis lojas do equipament­o assegurand­o, a partir de junho, entre 60 e 80 postos de trabalho. O investimen­to é de 75 mil euros. Segundo revelou, ao JN, Paulo Jorge Teixeira, um dos mentores do projeto, “a ideia é daqui a dois anos garantirmo­s 200 empregos”.

“Onde há problemas tem de haver soluções. E, por isso, propomonos criar uma alternativ­a útil não só para o espaço do mercado, que está praticamen­te sem vida, como para a zona envolvente. É preciso voltar a trazer gente para aqui!”, desabafou Paulo Jorge Teixeira.

A pensar nisso, o mercado da Areosa passará a albergar no rés do chão um local de serviços com um balcão algo semelhante a uma miniloja do cidadão, enquanto no segundo piso nascerá uma clínica social com serviços de clínica geral e consultas de especialid­ade a preços mais baratos.

Outra ideia a concretiza­r, a partir de junho, é a instalação de uma incubadora de empresas que vai acolher três projetos, entre eles o de um call center que dará emprego a 60 pessoas. Já outras duas lojas servirão para “dar formação sobre os novos fundos comunitári­os e eventuais candidatur­as e para trabalho em co- working”, explicou Paulo Jorge Teixeira.

Mas porque o mercado vive igualmente do rebuliço montado ao sábado, com a venda dos lavradores no espaço exterior, a Cooperativ­a de Solidaried­ade Social dos Povos de Gondomar tem também pensado instalar uma feira franca, denominada Areosa Vintage Fair, aos sábados à tarde, e ainda uma feira de produtos biológicos às quartas-feiras. Queijaria e cerveja artesanal Neste último caso, segundo explicou Carlos Wehdorn, outro elemento do projeto, “serão convidados a vender os seus produtos os utilizador­es dos 54 talhões que a Cooperativ­a colocou à disposição em S. Cosme e Jovim”.

A terceira fase do projeto inclui, em julho, a abertura de uma queijaria na Areosa, criando mais quatro postos de trabalho, e a criação de uma cerveja artesanal, o mais tardar em outubro. Segundo Paulo Jorge Teixeira, “Gondomar precisa de marcas identitári­as”.

Para tornar o projeto “sustentáve­l” foi pedida à Câmara uma carência de 11 meses, estando previsto que o pagamento mensal das licenças das lojas (1592,80 euros) seja retomado em abril de 2016.

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