Jornal de Notícias

Fecho de quatro fábricas já fez 468 desemprega­dos

- DELFIM MACHADO

3Os 100 desemprego­s agora criados pelo encerramen­to da Curioscort­e e Yaugurutex dão continuida­de à senda de encerramen­tos de fábricas têxteis de média e grande dimensão que tem ocorrido este ano, na região do Vale do Ave.

Ainda não existem números exatos sobre o total de desemprega­dos criados pelo têxtil em 2015, mas são pelo menos 468. A fábrica que mais contribuiu para este número foi a Arco Têxteis, de Santo Tirso, que encerrou há um mês e cuja falência foi decretada na semana passada pelo tribunal.

Em fevereiro, os bancos credores rejeitaram o Plano Especial de Revitaliza­ção e a administra­ção tinha a hipótese de apresentar uma segunda proposta. Como tal não aconteceu, a falência foi decretada e 288 trabalhado­res vão para o desemprego.

Ainda no Vale do Ave, mas em Guimarães, fechou recentemen­te uma das mais emblemátic­as fábricas de fiação. Os 80 trabalhado­res da “Fiação de Covas” laboravam desde 2010 num edifício da propriedad­e do Estado sob a égide da Inovafil, do grupo Mundifios.

O administra­dor da Inovafil tentou, durante quatro anos, adquirir a posse do edifício, mas a empresa pública que detém o imóvel nunca desbloqueo­u o processo. Cansado de esperar, deslocaliz­ou a empresa e despediu todos os que laboravam na freguesia de Covas, aumentando o número de desemprega­dos na região.

Arco Têxtil de Santo Tirso mandou 288 para a rua

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