Jornal de Notícias

Casa Manoel de Oliveira espera por compradore­s

- CARLA SOFIA LUZ

PORTO A Casa Cinema Manoel de Oliveira, que nunca foi ocupada pelo cineasta recentemen­te falecido e está vazia há 12 anos, ainda espera por um comprador. A Câmara do Porto não tem destino para o imóvel e tentou aliená-lo em maio passado sem êxito. Ontem, o anúncio do que parecia ser um segundo leilão foi colocado na página de Internet do Município por lapso.

Afinal, não se trata de uma nova hasta pública, mas de um anúncio para informar os interessad­os de que o imóvel continua disponível para compra por ajuste direto, de acordo com o esclarecim­ento feito por fonte municipal à agência Lusa. Como não foi vendido no leilão de maio de 2014, a Autarquia tem um ano para aliená-lo por ajuste direto e a um preço 5% inferior ao valor base da hasta pública. Quem quiser adquirir o edifício por inteiro, desenhado pelo arquiteto Souto Moura, terá de pagar cerca de 1,5 milhões de euros.

Em entrevista ao JN, Rui Moreira reconheceu que a Câmara não tem planos para aquele imóvel. “Aquela casa deixou de ser a casa de Manoel de Oliveira há muito tempo, quando o cineasta, por razões que são sobejament­e conhecidas, não quis tomar posse ou ocupá-la. Foi por isso que entendi testar o mercado no ano passado e ver até que ponto era possível vender a casa em hasta pública. Não correu bem. Não é uma casa fácil e também não é à medida da bolsa de qualquer portuense”, explicou o presidente do Município do Porto.

Se não aparecer compradore­s durante o período em que a lei permite o negócio por ajuste direto, é possível que a Autarquia volte a testar a hasta pública.

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