Deitou fogo a empresa para ocultar desfalque
Santa Maria da Feira Funcionária da contabilidade detida pela PJ-Porto quis apagar provas antes de auditoria
funcionária do departamento de contabilidade de uma empresa com sede em Mozelos, Santa Maria da Feira, andaria a desfalcar os cofres da firma. Para apagar provas que poderiam, em breve, levar à sua incriminação, resolveu provocar um incêndio no escritório da empresa que destruiu parcialmente o edifício e parte do recheio. Foi detida pela Polícia Judiciária do Porto.
Os patrões da “Mavipal - Comércio de Máquinas e Equipamentos Industriais” desconfiavam que algo não estaria bem. E muito recentemente, ordenaram a realização de uma auditoria às contas. Perante aquela informação, a funcionária, de 45 anos, ficou atemorizada porque sabia estar ligada a desvios de dinheiro que aconteciam desde 2011.
Os donos da empresa não sabiam, ainda, que a responsabilidade dos desfalques cabia àquela empregada. Mas esta tratou de fazer desaparecer os documentos que a comprometiam. Na tarde de quinta-feira da semana passada, a mulher ateou dois focos de incêndio na parte do arquivo da documentação, no escritório da empresa, e o fogo propagou-se pelas instalações.
Só não aconteceu a destruição total do edifício da empresa devido à intervenção do corpo de Bombeiros de Lourosa. A mulher usou um isqueiro para deflagrar o fogo que, no seu plano, teria a aparência de incêndio fortuito.
Perante indícios de que o incêndio terá sido provocado intencionalmente, a Polícia Judiciária do Porto iniciou a investigação e passou a suspeitar da funcionária do setor da contabilidade. Interrogou-a e a mulher acabou por confessar a autoria do crime e ainda a sua motivação em ocultar provas dos desfalques que aconteciam desde há quatro anos.
O montante dos desvios é, nesta altura, desconhecido das autoridades. Mas, neste momento, apurar essa informação será difícil, pois, com o incêndio, desapareceram muitos documentos do arquivo da empresa. O JN tentou contactar o gerente da Mavipal, mas foi informado de que a empresa não pretende prestar esclarecimentos. A funcionária foi interrogada por um juiz e acabou libertada, sujeita à obrigação de apresentações periódicas à Polícia.
Mulher de 45 anos foi libertada e tem agora de apresentar-se periodicamente às autoridades