Provas de Inglês a meio gás com falta de professores
Cambridge Período para a realização de orais arrancou ontem, sem que os 2300 docentes tenham concluído a certificação para fazer os exames e a avaliação
liação Educativa (IAVE) enviou às escolas listas com os possíveis classificadores, sem antes confirmar quais tinham concluído a certificação. Resultado, explicou ontem Anabela Sotaia: “alguns não concluíram a certificação ou fazem greve e não estão disponíveis”. Os professores não podem fazer as orais aos seus alunos ou no seu agrupamento, pelo que estão a ser contactados por outras escolas para combinarem as deslocações. A dirigente da FENPROF garante que ontem já recebeu denúncias de “pressões”, feitas pelas escolas, para os professores agendarem as orais sem a certificação e independentemente de estarem em greve.
A Federação insiste que o Governo firmou um “negócio” com a Cambridge English Language Assessment (organização sem fins lucrativos da Universidade de Cambridge) e que o envolvimento dos professores só podia ser voluntário. “Há um processo a decorrer na Procuradoria-Geral da República”, recorda Anabela Sotaia. Egídio Reis considera que as acusações “não têm fundamento”.
“Não há nenhum negócio. Há uma parceria”, sublinhou o secretário de Estado, insistindo que os classificadores dos exames e provas nacionais também têm reduções no horário não letivo e apoio para as deslocações.
Já Anabela Sotaia defende que uma avaliação diagnóstica aos alunos do 9.º devia respeitar o programa e metas do 3.º ciclo. “O que não acontece com esta prova”, frisa.