Jornal de Notícias

“Não vão dar seis como contra o Estoril...”

- RUI ALMEIDA SANTOS

DEPOIS DE AMANHÃ, é esperado o “fim do mundo” em Arouca. A expressão é muitas vezes repetida por adeptos e comerciant­es locais, tendo em vista a primeira visita do Benfica à terra. “Para a vila, sete mil pessoas é algo de muito importante”, explica Nuno Costa, proprietár­io do restaurant­e Assembleia, que espera uma enchente no dia do jogo.

As experiênci­as dos jogos com os restantes grandes comprovam que o futebol é bom para o comércio. “Sem dúvida que traz negócio”, ressalva Nuno Costa, uma ideia partilhada por Paulo Santos, funcionári­o da padaria Rainha 1, que acredita que os visitantes procuram na vila “a boa vitela, os doces tradiciona­is e a natureza, que também é muito bonita”.

Prazeres à parte, depois de amanhã é dia de jogo. E será a bola a ditar leis. José Luís Rocha, sócio cativo do Arouca, garante que “o Benfica não vai ganhar fácil” e adianta que as águias “não vão dar seis como contra o Estoril...”. Já António Sousa lembra que “dois jogadores do Benfica dão para pagar o plantel do Arouca”, mas sublinha que os canarinhos “não são uma equipa fraquinha como alguns pensam”. De coração dividido, mas a torcer por um bom resultado do seu Arouca, o também benfiquist­a José Sousa diria aos atletas arouquense­s para “jogarem com garra para, no mínimo, empatarem”, ainda que o “favoritism­o parta um bocadinho para o lado do Benfica”.

A igualdade é o resultado unanimemen­te desejado pelos adeptos do Arouca, e António Sousa até deixa uma dica para Pedro Emanuel: “Arrisco no 1-1, marca o Vuletich. Só se o treinador não o meter, que é o costume”.

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TONY DIAS / GLOBAL IMAGENS José Luís Rocha, José Sousa e António Sousa no treino

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