PS, PCP e BE exigem esclarecimentos ao primeiro-ministro
O PS formalizou, ontem, a entrega de um requerimento para que a comissão parlamentar de Segurança Social questione o primeiro-ministro sobre a sua situação contributiva e avançou com uma proposta de nove perguntas. O pedido deverá ser debatido e votado hoje de manhã.
Entre as nove questões propostas pelo PS, consta uma em que se pretende que Pedro Passos Coelho explique o motivo pelo qual não terá procedido ao pagamento de juros entre 2012 e 2015, “uma vez que terá pago em fevereiro de 2015 o montante total de dívida apurado até 2012”.
O PS pergunta também se confirma que iniciou a atividade nas finanças em julho de 1996 e se foi nessa altura que se inscreveu como trabalhador independente. Pretende ainda saber em que data a Segurança Social tomou conhecimento do facto de Passos Coelho ter exercido a atividade enquanto trabalhador independente e se “recebeu alguma carta da Segurança Social, entre 2006 e 2009, informando de uma dívida de contribuições registada no sistema em seu nome”.
Também o PCP formalizou, ontem, um conjunto de nove questões dirigidas ao primeiro-ministro, pedindo-lhe que especifique as entidades que o remuneraram e sobre as quais incidiram os descontos em dívida. “Qual ou quais as entidades responsáveis pelo pagamento das remunerações sobre as quais incidiam todos os descontos em dívida, incluindo os que não tenham eventualmente sido pagos e a que datas se reportam”, questiona o PCP.
O Bloco de Esquerda, por sua vez, entregou um requerimento a solicitar o registo contributivo “do cidadão Pedro Passos Coelho” entre 1999 e 2004 e pretende ter acesso a toda a documentação trocada com o Instituto da Segurança Social.