Jornal de Notícias

Câmara ajuda 613 pessoas a pagar rendas ou empréstimo­s das casas

Maioria dos apoios do Programa +Habitação vão para Rio Tinto

- Marta Neves martaneves@jn.pt

DERAM entrada na Câmara de Gondomar 226 candidatur­as ao Programa + Habitação, que prevê o pagamento até 30% das despesas com a renda da casa ou com a prestação bancária referente à compra de habitação. Dessas, 219 foram aceites e hoje os candidatos começam a receber as cartas que confirmam o apoio, que tem um prazo de validade de seis meses. As ajudas vão ser entregues com efeitos retroativo­s desde janeiro.

Na prática, 613 pessoas passam a contar com este apoio que durará até junho, altura em que voltam a ser aceites novas candidatur­as.

No total, e atendendo ao grupo inicial de interessad­os – abaixo do esperado –, a Câmara acabou por não gastar a verba prevista de 30 mil mensais, mas tão-só 17 254,36 euros. À conta disso, o valor sobrante será acumulado à verba destinada ao semestre seguinte.

O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, admitiu ao JN que “possa ainda existir população que desconhece este programa”, e, por isso, se explique o número de candidatur­as abaixo do esperado, como também acredita que “que há pessoas que continuam a ter vergonha de pedir ajuda”.

Com a primeira lista de candidatur­as aprovadas, a Autarquia constatou que a maioria dos agregados que recorreram ao + Habitação vivem em Rio Tinto (58 casos) e em S. Cosme (49), seguindo-se Fânzeres (43) e Valbom (26).

Por seu turno, não chegou ao Município qualquer candidatur­a nem da Lomba nem de Medas.

Por conta disso, a Autarquia vai organizar com as juntas o atendiment­o descentral­izado do Alto concelho.

“Fragilidad­es económicas”

Já o apoio monetário servirá mais para pagar rendas do que empréstimo­s bancários, “eventualme­nte porque as famílias com crédito à habitação desconhece­m este tipo de apoio” e, também, “porque é notório que o valor médio da renda é superior ao do empréstimo bancário”, referiu Cláudia Vieira, adjunta do presidente para a Ação Social.

“A média do valor apoiado por agregado familiar com renda ronda os 80 euros, enquanto para crédito à habitação é de 75 euros”, sublinhou.

A mesma responsáve­l explicou que este programa “tenta responder a fragilidad­es económicas, suprindo necessidad­es básicas, uma vez que a Autarquia não tem como construir mais casas”.

“Pretendemo­s com este apoio que as famílias não cheguem ao estado limite de perder as suas casas, até porque depois não cumprem os requisitos para conseguire­m obter habitação social”, esclareceu.

 ??  ?? “As pessoas continuam a ter vergonha de pedir ajuda, mas em nenhum momento serão expostas” Marco Martins Pres. C. M. Gondomar
“As pessoas continuam a ter vergonha de pedir ajuda, mas em nenhum momento serão expostas” Marco Martins Pres. C. M. Gondomar

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal