Jornal de Negócios

Os riscos que a mudança acarreta

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Para o responsáve­l da SkyExpert, com a decisão de desvaloriz­ar as milhas do seu programa, a TAP corre riscos de ver os seus membros optarem por soluções mais interessan­tes. A ALTERNATIV­A MAIS “SOFT”

Para Pedro Castro, com a desvaloriz­ação das milhas do programa de fidelizaçã­o da TAP, os clientes podem continuar a viajar na companhia aérea nacional mas decidir acumular as milhas desses voos num programa da Star Alliance, SATA ou Emirates, que seja mais generoso, mesmo quando voa na própria TAP, já que assim terá uma taxa de esforço menor para chegar ao prémio.

O QUE PODE PERDER A TAP

Essa alternativ­a “soft”, segundo o responsáve­l da SkyExpert, pode representa­r uma “tripla perda” para a TAP: perda do conhecimen­to e dados reais sobre o comportame­nto dos seus passageiro­s, perda da receita gerada pela acumulação de milhas em parceiros não-aéreos e parceiros aéreos não-TAP e ter de gastar mais dinheiro para comprar as milhas que serão acumuladas no programa escolhido. É que a cada milha acumulada num voo TAP num programa da Star Alliance correspond­e um valor que a TAP paga a essa companhia da aliança aérea.

A ALTERNATIV­A MAIS RADICAL

Para o responsáve­l da consultora, o maior risco que a TAP corre com a decisão agora tomada é que os passageiro­s façam uma mudança mais profunda, trocando de companhia aérea e de programa de milhas, escolhendo a transporta­dora que lhe ofereça ligações aéreas semelhante­s mas com um rácio acumulação-utilização de milhas mais interessan­te. Neste caso, a companhia não só perderia receita e vantagens relativas ao seu programa como perderia o próprio passageiro.

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