Santander agrava custos dos cartões e dificulta isenções
2019 vai trazer novos agravamentos de custos para os clientes do Santander. O banco vai elevar em 34%, em média, a comissão de disponibilização de cartão. Além disso, menos pessoas vão ter isenção na comissão de manutenção.
Com o novo ano vão chegar novos encargos para os clientes do Santander. E mais elevados do que os actuais. O banco vai subir a comissão de disponibilização de alguns cartões de débito. Em média, este custo aumenta em quase 34%. E dificulta as condições de acesso à isenção na comissão de manutenção nas contas à ordem e contas-ordenado. A instituição explica que, apesar destes aumentos, as suas “comissões são competitivas”.
O Santander publicou no site uma nova alteração ao preçário. Em causa estão as comissões de disponibilização de cartão de débito, que antes eram conhecidas como anuidades, de dez cartões de débito. Considerando todos estes cartões, em média, esta despesa vai aumentar 33,6%, a partir de 7 de Janeiro. A maioria dos cartões terá agora um custo anual de 18,64 euros (incluindo imposto do selo). No caso do cartão Novo Classic, o aumento será de 5,4%, mas o Novo Classic Premium vai sofrer um agravamento de 24,3%. Contudo, é no cartão Conta Fácil que o aumento será mais expressivo: 156%. Neste caso, a comissão de disponibilização de cartão passa de 7,28 euros para 18,64 euros.
“Apesar das alterações em causa as nossas comissões são competitivas e têm em conta a qualidade dos serviços prestados aos nossos clientes. Hoje em dia, a relação banco/clientes permite, em muitos casos, que estas comissões sejam reduzi- das ou haja isenção. Relativamente ao cartão de débito, o banco continua a ter uma das anuidades mais baixas do mercado”, explicou fonte oficial do Santander ao Negócios.
Outra das alterações em vigor a partir de 7 de Janeiro de 2019 diz respeito às condições para isenção da comissão de manutenção nas contas à ordem e também nas contas-ordenado, contas-accionista e conta-empresário. Nestas contas, o encargo trimestral mantém-se em 16,33 euros e 12,48 euros, respectivamente. Mas, nestas contas, até agora, os clientes conseguem isenção da comissão de manutenção se tiverem um saldo médio trimestral de recursos superior a cinco mil euros. A partir de Janeiro, este montante duplica. Ou seja, só os clientes com saldo médio trimestral superior a dez mil euros vão conseguir “fugir” a este encargo. No caso das contas-ordenado, accionista e empresário, além desta condição, e como já acontece, os clientes têm de fazer uma utilização trimestral em compras e/ou adiantamento a crédito em qualquer cartão igual ou superior a 300 euros. A primeira cobrança com estes novos critérios será feira em Abril de 2019, referente ao primeiro trimestre do próximo ano.
“Estas comissões de manutenção abrangem um pequeno universo de clientes (2,5%)”, adiantou também fonte oficial do Santander ao Negócios. O banco apresenta esta quarta-feira os resultados dos primeiros nove meses do ano.