Rescisões no BPI podem superar 400 bancários
O programa de saídas voluntárias no BPI pode superar os 400 trabalhadores inicialmente previstos. O prazo para adesão ao plano de rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas termina esta sexta-feira e, segundo fontes sindicais, neste momento o número de bancários disponíveis para sair poderá duplicar a meta definida pela instituição controlada pelo CaixaBank. O BPI vai avaliar se aceita todos os pedidos, mas ao que o Negócios apurou poderão sair mais de 400 trabalhadores. No âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) do CaixaBank, o grupo espanhol admitia assumir custos de reestruturação de 250 milhões de euros brutos. Um montante “compatível com a saída de perto de 1.000 colaboradores, tendo por base os custos médio com pessoal e os custos médios com reformas antecipadas (ou equivalentes) observados no BPI em 2016”, segundo o relatório da administração sobre as condições da OPA. Face à disponibilidade para sair manifestada por centenas de trabalhadores, o BPI tem agora de decidir se aceita todos os pedidos de inclusão no programa ou se rejeita alguns, mas haverá abertura para ir além do objectivo de 400 bancários avançado aos sindicatos no início de Maio. A adesão dos trabalhadores do BPI ao plano de redução de pessoal não é alheia ao facto de o banco pagar as melhores condições de rescisão propostas pela banca. A instituição oferece 2,5 salários por ano de serviço, com um máximo de 56 meses de remuneração. Estas condições pretendem compensar o facto de os trabalhadores poderem não ter acesso ao subsídio de desemprego, já que o BPI não pedirá o estatuto de empresa em reestruturação que lhe permitiria alargar a quota de acesso a este mecanismo de protecção social.