Xi ouve ameaças e pedidos de ajuda na visita à Europa
Macron recebeu presidente chinês, junto com Von der Leyen, com o foco em duas guerras: a comercial com os 27 e a da Ucrânia.
Adifícil relação entre União Europeia (UE) e China ficou mais uma vez patente na receção do presidente francês, Emmanuel Macron, ao presidente chinês, Xi Jinping, na qual também esteve a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Esta última deixou claro que Bruxelas “não vai hesitar” em abrir uma guerra comercial com Pequim, devido aos apoios estatais que os chineses dão à sua indústria e que estão a pôr em causa este setor na Europa. Mas a ameaça veio acompanhada de um pedido de ajuda: que Xi use “toda a sua influência” para levar a Rússia a acabar com a guerra na Ucrânia.
“A nossa vontade é ter uma relação equilibrada com a China”, disse Macron antes do início do encontro no Palácio do Eliseu, defendendo “regras justas para todos” no que diz respeito às trocas comerciais. “O futuro do nosso continente dependerá claramente da nossa capacidade de continuar a desenvolver as relações com a China de uma forma equilibrada”, acrescentou, citado pela AFP.
“A Europa não vai hesitar em tomar as decisões difíceis necessárias para proteger o seu mercado”, disse por seu lado Von der Leyen, após o encontro, ameaçando usar os instrumentos de defesa comercial do bloco. A presidente da Comissão Europeia insistiu que a UE “não pode absorver a superprodução de bens industriais chineses que estão a inundar o seu mercado”.
Bruxelas anunciou, nos últimos meses, medidas de proteção contra práticas que considera injustas por parte de Pequim, nomeadamente a subvenção de certos setores cujos produtos inundam o mercado europeu. Um exemplo, as turbinas para a energia eólica chinesas são 50% mais baratas do que as europeias. Von der Leyen disse que a conversa entre os três foi “honesta e aberta”, tendo ficando claro onde há pontos em comum, mas também onde existem as diferenças.
O presidente chinês defendeu, por seu lado, a parceria entre os dois blocos. “Como duas grandes potências mundiais, a China e a UE devem permanecer parceiros, prosseguir o diálogo e a cooperação, aproda UE,