China rejeita acusações alemãs de espionagem
Ontem foi anunciada a detenção de um alegado agente chinês no Parlamento Europeu, que trabalhava para um eurodeputado alemão de extrema-direita.
Aembaixada chinesa em Berlim rejeitou “firmemente” as acusações de ter realizado atividades de espionagem na Alemanha, informou ontem a agência estatal de notícias Xinhua. “Pedimos à parte alemã que pare de usar a acusação de espionagem para manipular politicamente a imagem da China e difamá-la”, disse a embaixada em comunicado enviado à Xinhua.
A Justiça alemã anunciou ontem a detenção de um suposto agente chinês no Parlamento Europeu, aumentando os receios sobre espionagem por parte de Pequim antes das eleições europeias de junho e sobre questões estratégicas.
Este anúncio surge ainda um dia depois da detenção de outros três alemães, também acusados de espionagem para a China, e da acusação de dois homens em Londres por suspeitas semelhantes.
O último detido, identificado como Jian G., é acusado de espiar opositores chineses e de ter compartilhado informações sobre o Parlamento Europeu com um Serviço de Inteligência chinês, segundo o comunicado do Ministério Público Federal alemão.
Segundo o site do Parlamento Europeu, Jian Guo faz parte da lista de assistentes credenciados do eurodeputado Maximilian Krah, cabeça de lista do partido alemão de extrema-direita AfD nas próximas eleições europeias, que se realizarão entre 6 e 9 de junho nos 27 países do bloco.
Trata-se de um cidadão alemão que trabalha como assistente de Krah em Bruxelas desde 2019.
Após o anúncio da detenção, e “tendo em conta a gravidade das revelações”, o Parlamento Europeu decidiu suspendê-lo imediatamente do cargo.