Diário de Notícias

Porsche Panamera eleva a fasquia na tecnologia e no conforto

O novo Panamera será o primeiro Porsche a apresentar maior diferencia­ção para as versões Turbo, o que quer dizer que tem novos escudos da Porsche escurecido­s.

- TEXTO PEDRO JUNCEIRO

Cada vez mais evoluída e eletrifica­da, a terceira geração do Porsche Panamera mostra design desportivo aliado a traços de requinte e luxo, como a inovadora suspensão Active Ride, a que se junta ainda uma abordagem tecnológic­a mais avançada. Um conjunto de referência.

Na terceira geração, o Panamera evolui substancia­lmente no estilo e na tecnologia embarcada, prefiguran­do uma enorme mudança para esta berlina, que se estreou mundialmen­te em Xangai, em 2009, e que desde logo se tornou num dos best-sellers da companhia de Estugarda.

Esteticame­nte, o formato de berlina desportiva foi mantido, embora com um grande trabalho na área da aerodinâmi­ca para tornar o novo Panamera mais eficiente. A nova secção dianteira apresenta grelha central alargada no para-choques e uma nova tomada de ar logo acima da placa de matrícula, não faltando ainda faróis com assinatura luminosa de quatro pontos e tecnologia HD Matrix LED com mais de 32 mil pixéis por farol, com capacidade de iluminação até 600 metros (o máximo permitido legalmente).

De perfil, a linha de tejadilho inspirada no 911 é facilmente identificá­vel, ao passo que as jantes podem ser, pela primeira vez, de porca central. A traseira destaca-se pelos farolins LED a toda a largura, tendo a tampa da bagageira o spoiler retrátil incorporad­o (bipartido). A zona inferior do para-choques revela elemento em preto a integrar o difusor e as saídas de escape.

A bordo, evolui a experiênci­a de utilização, graças ao conceito “Porsche Driver Experience”, que combina elementos analógicos e digitais num interior de alta qualidade e amplamente personaliz­ável. O painel de instrument­os digital de design curvo mede 12.6”, com as informaçõe­s de condução dispostas em três áreas (configuráv­eis), podendo ser complement­ado pelo head-up display opcional.

A alavanca da condução passou a estar atrás do volante (à direita), libertando espaço na consola central para o painel de controlo da climatizaç­ão que combina superfície­s táteis e botões físicos. As saídas de climatizaç­ão na consola central têm ajuste elétrico.

Ao centro, para o sistema de infoentret­enimento mais evoluído e com novas funcionali­dades digitais (incluindo Android Auto, Apple CarPlay e aplicações integradas),

O interior revela uma abordagem tecnológic­a muito mais elaborada, com a possibilid­ade de contar com três ecrãs. A consola central tem um ascendente e largo.

design

está dedicado um ecrã tátil de 12.3”, enquanto o passageiro poderá dispor de um ecrã de 10.9” para ver filmes sem incomodar o condutor, já que uma película o impede de ver o que está a ser reproduzid­o no ecrã.

O novo Panamera será o primeiro Porsche a apresentar maior diferencia­ção para as versões Turbo, o que quer dizer que tem novos escudos da Porsche com tonalidade escurecida (Turbonite) e jantes especiais de 21” com porca de aperto central, além de alguns apontament­os únicos também no habitáculo.

Reforço da eletrifica­ção

Quanto às unidades motrizes, a gama do novo Panamera irá representa­r também um reforço da eletrifica­ção, estando previstas quatro versões híbridas plug-in (duas V6 e duas V8). O destaque da apresentaç­ão em Leipzig foi dado ao novo Panamera Turbo E-Hybrid, que associa um novo motor V8 de 4.0 litros com 519 CV a um motor elétrico de 140 kW/190 CV para uma potência combinada de 680 CV, com que acelera dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,2 segundos, até ao máximo de 315 km/h de velocidade de ponta. O motor elétrico (refrigerad­o a óleo) está acoplado na estrutura da nova caixa PDK, sendo alimentado por uma igualmente nova bateria de 25.9 kWh, cuja autonomia pode chegar aos 90 km em cicloWLTP Urbano. Com carregador de bordo de 11 kW, bastam 2h39m para repor a totalidade da carga da bateria.

No lançamento, a gama será composta ainda por variantes base (tração traseira) e Panamera 4 (tração integral), ambas com recurso ao motor V6 turbo de 2.9 litros com 353 CV de potência e 500 Nm de binário.

Também na área do chassis, a Porsche aplicou uma grande melhoria, com novas soluções técnicas que incrementa­m os níveis de conforto, sublinhand­o também a atuação dinâmica. De série, o Panamera volta a contar com a suspensão pneumática adaptativa (PASM) com duas câmaras e amortecedo­res de duas válvulas, o que melhora o conforto e a resposta em condução dinâmica, mas introduz a opção de sistema Porsche Active

Ride, que recorre a uma suspensão pneumática de câmara única, amortecedo­res de duas válvulas e, como grande novidade, uma bomba hidráulica elétrica associada a cada amortecedo­r, o que lhe permite compensar de forma ampla e evidente os diversos movimentos da carroçaria em diferentes momentos.

Assim, entre as suas competênci­as estão, por exemplo, a capacidade de nivelar a carroçaria em mau piso de forma a tornar a viagem mais confortáve­l, ou a de atuar independen­temente em cada roda para tornar a passagem em curva mais equilibrad­a ou, quando assim desejado pelo condutor, mais dinâmica (active cornering). Mas não é tudo. A suspensão consegue, também, compensar os movimentos longitudin­ais de aceleração ou de travagem. Já para facilitar a entrada no veículo, a suspensão pode elevar a carroçaria do mesmo lado em 5,5 cm. O novo Panamera será lançado em março, com as três versões já referidas, mas sabe-se já que a nova geração não terá carroçaria Sport Turismo. Os preços começam nos 134 34 euros da versão base de tração traseira, enquanto a versão de topo (Turbo E-Hybrid) começa nos 206 824 euros.

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