Jerónimo rejeita “dramas” e pede respostas
Olíder do PCP defendeu ontem, à margem da reunião com o governo, que o que se exige em matéria de Orçamento do Estado são “respostas para os problemas e não dramatizações políticas”, sustentando que essas respostas “não só são necessárias como são possíveis”.
“São exigidas respostas para os problemas e não dramatizações políticas”, disse Jerónimo de Sousa, enquanto discursava durante uma sessão intitulada “Envelhecer com direitos. Surto epidémico. As respostas necessárias”, no Centro de Trabalho Vitória, em Lisboa.
O dirigente comunista sustentou que as propostas que o partido colocou em cima da mesa durante as negociações do Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022) “não só são necessárias como são possíveis”.
Jerónimo de Sousa também ironizou as declarações feitas por “um daqueles comentadores de cadeira fixa” para exemplificar o impasse com o governo. O “comentador de serviço” fez a “síntese das sínteses” sobre as opções do governo e sobre os “limites que não podem ser ultrapassados”.
“O que era? Défice, dívida e, dizia também, as leis laborais. Em síntese, demonstrou que o governo do PS tem um problema. Não tem dúvidas da justeza destas propostas [do PCP], mas fez opções, fez escolhas”, completou o membro do Comité Central.
O PCP recusa “todas as pressões”, mas o dirigente comunista enviou um recado ao governo: “Até à sua votação na generalidade ainda é tempo de encontrar respostas.”
Os comunistas querem, entre outras coisas, a valorização das carreiras e salários dos profissionais de saúde, aumento da função pública 0,9% acima do proposto pelo governo, o fim da caducidade dos contratos coletivos de trabalho, acabar com os cortes de pensões para os que descontaram mais de 40 anos, valorização geral das pensões, regulação dos preços e estabilidade dos contratos; menos tributação dos mais baixos rendimentos e criação de um 10.º escalão no IRS e ampliação da rede nacional de creches públicas.