Diário de Notícias

Estónio Ott Tänak entra de prego a fundo no Rali de Portugal

Piloto da Toyota vence superespec­ial de Lousada. Francês Ogier, pentacampe­ão mundial, ficou a quatro décimas

- Lusa

AUTOMOBILI­SMO O estónio Ott Tänak ( Toyota Yaris) manteve o ritmo que o levou ao triunfo no último Rali da Argentina, em abril, e entrou de prego a fundo no Rali de Portugal, obtendo o tempo mais rápido na superespec­ial de Lousada que ontem abriu a 52. ª edição da prova.

Terceiro classifica­do no Mundial de Pilotos, Tänak superou a concorrênc­ia, ao percorrer os 3,36 quilómetro­s do Eurocircui­to da Costilha em 2.34,3 minutos.

“Sinto que vai ser difícil dominar, não sei quanto tempo vou perder amanhã [ hoje], mas vou lutar arduamente para conseguir uma boa posição no sábado. Não tinha a estrada limpa, mas eu estive forte”, afirmou o estónio no final do primeiro troço cronometra­do do rali.

O piloto da Toyota gastou menos quatro décimas de segundo do que o finlandês Teemu Suninen e do que o francês Sébastien Ogier, ambos em Ford Fiesta.

“Como tenho dito desde que cheguei, vou dar o meu melhor e parece- me que o carro está bom. Vamos ver o que podemos fazer amanhã [ hoje]”, afirmou Ogier, pentacampe­ão do mundo e líder do atual campeonato.

Ogier, que procura em Portugal um inédito sexto triunfo no rali luso – partilha o atual recorde de vitórias ( 5) com a antiga lenda finlandesa Markku Alen –, vai ser hoje o primeiro a partir nas oito provas especiais classifica­tivas do segundo dia do rali, sendo seguido do belga Thierry Neuville ( Hyundai i20), que ontem não foi além do sexto lugar, a 1,5 segundos de Tänak, que será o terceiro a percorrer os troços, respeitand­o a hierarquia da classifica­ção do Mundial de pilotos.

Na superespec­ial de estreia do Rali de Portugal, Neuville, segundo do Mundial, a dez pontos de Ogier, foi batido por uma décima de segundo pelo britânico Kris Meeke ( Citroën C3), vencedor da prova em 2016, e pelo norueguês Andreas Mikkelsen ( Hyundai i20), que repartiram o quarto posto da classifica­ção.

Depois de ter sido o mais rápido no shakedown, em Paredes, o f i nlandês Jar i - Matti Latvala acabou por ser o azarado do dia, depois de o seu Toyota Yaris se ter desligado durante a superespec­ial.

“Não percebi o que aconteceu, não tenho uma explicação, foi muito estranho, vou ter de investigar. Sei que se travar muito forte o motor para, mas não foi o caso, o motor simplesmen­te parou. Já perdemos tempo, mas o rali começa verdadeira­mente amanhã [ hoje]”, lamentou o vencedor da edição de 2015 do Rali de Portugal, que terminou o troço com o 13. º tempo e cedeu 3,9 segundos para Tänak.

Joaquim Alves ( Skoda Fabia R5) foi o português mais rápido no arranque, a 10,3 segundos do vencedor.

Hoje, a 52. ª edição do Rali de Portugal prossegue com oito classifica­tivas, no Alto Minho, onde os pilotos vão percorrer duas vezes os troços cronometra­dos de Viana do Castelo ( 26,73 km), Caminha ( 18,11 km) e Ponte de Lima ( 27,54 km), antes da Porto Street Stage ( 1,95 km), ao início da noite.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal