Executivo repudia violência e faz “análise de risco” ao jogo
O secretário de Estado da Juventude e do Desporto afirmou ontem, numa declaração conjunta com a secretária de Estado adjunta e da Administração Interna, que, no domingo, na final da Taça de Portugal todos devem demonstrar que o “futebol é igual a orgulho nacional”, garantindo assim que o jogo se vai realizar.
João Paulo Rebelo foi contundente com os acontecimentos de ontem na Academia do Sporting: “Há um repúdio veemente para com os atos de violência e vandalismo criminosos como os que ocorreram nesta tarde. Quero mostrar solidariedade para com os jogadores, os técnicos e quem foi agredido.” Na mesma conferência de imprensa, no Ministério da Administração Interna, a secretária de Estado Isabel Oneto também garantiu que vão ser “tomadas medidas para que o jogo decorra com segurança”, referindo-se ao jogo de domingo da final da Taça de Portugal entre o Sporting e o Desportivo das Aves.
A responsável governamental confirmou a detenção de 21 pessoas presumivelmente envolvidas nas agressões e “a apreensão de viaturas e objetos de agressão”. “Juntámos forças de segurança para tomarem conta da ocorrência e darem a resposta adequada. Continuamos a trabalhar no sentido de esclarecer esta situação e para que não volte a acontecer”, disse Isabel Oneto, que acrescentou que “estão a ser identificados como adeptos”.
“Estamos a poucos dias da final da Taça de Portugal e o governo está, juntamente com a Federação Portuguesa de Futebol, a criar todas as condições para que se viva a festa do futebol, do desporto, o convívio das famílias e dos verdadeiros adeptos do futebol e do desporto. É uma missão do governo mas que deve ser assumida por todos. No domingo tem de haver uma demonstração clara de que o futebol é um orgulho nacional”, reforçou por sua vez o secretário de Estado da Juventude e do Desporto.
Isabel Oneto admitiu que, tratando-se de membros do clube, possam ser tomadas medidas de coação que evitem a repetição deste tipo de incidentes e confirmou que está a ser feita a “análise de risco” do jogo de domingo.
Recusando comentar o eventual envolvimento de claques do clube neste ataque aos jogadores, Isabel Oneto referiu que é preciso “olhar para o fenómeno e dar a resposta adequada e necessária” para evitar este tipo de violência.