Buscas da GNR prosseguem em Vila Real mas sem pistas novas
JUSTIÇA A Guarda continua a vigiar a região transmontana e mantém o policiamento de proximidade para tranquilizar as populações Ao 11.º dia de fuga de Pedro Dias, o homem suspeito de ter executado a tiro um militar da GNR e de ter matado um civil (e ferido gravemente um GNR e uma mulher), as buscas continuaram ontem na região de Vila Real mas sem novas pistas a suportarem qualquer novo cerco ou intervenção da Guarda. Segundo o major Marco Cruz, porta-voz do Comando Geral da GNR, a Guarda “vai manter as patrulhas de policiamento de proximidade na zona para tranquilizar as populações das aldeias, idosas e isoladas”.
Não houve mais registo de outros carros furtados ou roubados por carjacking na zona. Na caça ao homem, já se põe a hipótese de o fugitivo estar agora a ser ajudado ou mesmo de alguém lhe ter emprestado um carro para continuar a fuga.
A Polícia Judiciária esteve na quinta-feira no lugar de Tojais (Vila Real) a ouvir os moradores de uma residência que denunciaram roubo de roupa no estendal. Suspeita-se que tenha sido Pedro Dias a levar dois cobertores, um casaco e dois gorros e ainda material de caça e outros bens. A GNR nada teve que ver com essa diligência nem soube do resultado da mesma, apurou o DN com fonte policial.
Pedro Dias, de 44 anos, desaparecido desde dia 11 de outubro, estará armado com uma caçadeira de canos serrados. Conhece aquelas aldeias transmontanas de Vila Real onde já caçou, andou a vindimar e até a negociar cavalos. Não tem por ali muitos amigos, apenas alguns caçadores conhecidos. No terreno, a frustração dos militares de três comandos (Viseu, Aveiro e Vila Real), ao fim de 11 dias de buscas, começa a ser notória.
Entretanto, a jovem mulher que o suspeito baleou em Aguiar da Beira, Liliane Lino, 25 anos, continua em estado de coma no hospital, a lutar pela vida. Depois de matar a tiro um elemento da GNR e de ferir gravemente outro, Pedro Dias foi tentar roubar por carjacking um casal que ia para uma consulta em Coimbra e acabou por balear os dois. Liliane sobreviveu com ferimentos graves, mas o marido, Luís Pinto, morreu no local. Pedro Dias é suspeito, para já, de dois homicídios qualificados e de dois homicídios qualificados na forma tentada (um militar da GNR e Liliane Lino).