Diário de Notícias

Um dos nomes imortais do desporto português

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› Carlos Lopes é uma das lendas vivas do desporto português. Filho mais velho de sete irmãos, nasceu a 18 de fevereiro de 1947 em Vildemoinh­os ( Viseu) e mal terminou a escola primária teve de começar a trabalhar como servente de pedreiro, de modo a contribuir com dinheiro para casa. Ainda trabalhou numa ourivesara e ajudou o pai como serralheir­o, tendo começado a praticar atletismo aos 16 anos, no Lusitano Futebol Clube. Estreou-se com um segundo lugar na São Silvestre de Viseu e duas semanas depois já era campeão regional de juniores em corta-mato. Continuou a evoluir e quando Mário Moniz Pereira o levou para o Sporting, quando ele tinha 20 anos, já ostentava o título de campeão nacional de juniores nos 3 mil metros. Na altura, o clube leonino pagava-lhe um subsídio de 800 escudos por mês (quatro euros na moeda atual) e mais do que o dinheiro, estava feliz por ser companheir­o de equipa do seu ídolo, Manuel Oliveira. De leão ao peito somou um conjunto impression­ante de troféus individuai­s e coletivos: nove vezes campeão nacional de pista, dez de corta-mato, sete títulos coletivos e três individuai­s na Taça dos Campeões Europeus de corta-mato, recordista europeu e mundial na Maratona e um total de 26 recordes individuai­s. E, claro, uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1976 e uma de ouro em Los Angeles 1984, esta última depois de ter estado quase três anos sem correr! Carlos Lopes era o atleta completo por excelência, fosse em pista, estrada ou crosse…

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