“Os portugueses estão cada vez mais exigentes”
É a primeira vez que o CDS se junta ao PSD na Festa do Pontal. Nem na AD de Francisco Sá Carneiro e Diogo Freitas do Amaral se tinha verificado uma rentrée lado a lado. É confortável para si, como dirigente centrista, fazer a rentrée em Quarteira, abdicando de uma iniciativa autónoma? Sem dúvida. É c onfor távele muito agradável. Fui muito bem recebido quer pelos militantes do Partido Social Democrata quer pelos muitos militantes do CDS que estiveram presentes. Em certa medida, não poderá estar a ser transmitida a ideia de que o CDS foi relegado para segundo plano, tal como já tinha acontecido com os cabeças de lista ( não há nenhum democrata- cristão a encabeçar listas) e com o presidente do partido no que toca aos debates televisivos e radio - fónicos? Não. Em primeiro lugar, são coisas diferentes. Neste caso concreto, creio que até foi uma decisão lógica de dois partidos que, sendo diferentes, tendo história e ideias diferentes, souberam fazer das diferenças convergência numa altura muito difícil para o país. E agora, recuperada a soberania plena e com um cenário económico mais favorável, se apresentam ao eleitorado com responsabilidade mas também com a esperança de continuar a percorrer um caminho que dá melhores condições de vida aos portugueses. As sondagens têm dado um empate técnico entre a coligação Portugal à Frente e o Partido Socialista. Mais do que gaffes ou cartazes – temas que têm dominado os noticiários nos últimos dias – o que é que pode fazer a diferença na avaliação dos portugueses neste mês e meio que falta até às legislativas? Os portugueses estão cada vez mais exigentes do ponto de vista político. Será a credibilidade e a exequibilidade das propostas apresentadas que farão essa diferença. E, nesse sentido, estou muito confortável com as propostas desta maioria.