INE calcula que inflação tenha abrandado em fevereiro para 2,1%
A primeira estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE) para a inflação de fevereiro aponta para uma descida para 2,1%, de acordo com a informação divulgada ontem. Trata-se de uma descida de 0,2 pontos percentuais face a janeiro, calcula ainda aquele gabinete de estatísticas.
A contribuir para a variação homóloga estiveram todas as categorias, com destaque para os produtos energéticos, de acordo com a previsão do INE, mas regista-se um abrandamento face ao primeiro mês do ano.
Em janeiro, a inflação fixou-se em 2,3%, pressionada pelos aumentos dos produtos energéticos, nomeadamente eletricidade, que sobe sempre no início de cada ano. Por outro lado, mais de quatro dezenas de produtos alimentares voltaram a pagar IVA, o que genericamente se traduziu num aumento dos preços dos alimentos.
De acordo com a análise da Deco Proteste, desde o fim do IVA Zero até quarta-feira, o cabaz de produtos essenciais aumentou 6,11 euros. Entre os produtos que mais aumentaram face ao último dia do IVA Zero, contam-se o quilo do carapau, que subiu 20%, ou seja, 88 cêntimos, e o óleo alimentar, que subiu 16%.
Os dados definitivos referentes ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do mês de fevereiro de 2024 serão publicados no próximo dia 12 de março.
Recorde-se que o IPC mede a evolução temporal dos preços de um conjunto de bens e serviços representativos da estrutura de despesa de consumo da população residente em Portugal. Não é, esclarece o próprio INE, um indicador do nível de preços, mas antes um indicador que mede a respetiva variação.
CABAZ ALIMENTAR SUBIU 6,11 EUROS DESDE QUE TERMINOU A ISENÇÃO DAS TAXAS DE IVA