Correio da Manha

Greve às avaliações em cima da mesa

REUNIÃO Ministério e sindicatos discutem recrutamen­to e colocação de docentes ªRESULTADO falha de acordo levará a novas paralisaçõ­es

- João Saramago

Os professore­s e Ministério da Educação chegam amanhã ao `dia D' das negociaçõe­s para um novo modelo de recrutamen­to e colocação de docentes. Caso não seja alcançado um acordo na reunião suplementa­r, os professore­s ameaçam com novas formas de luta que poderão conduzir a uma greve às avaliações do segundo período e sucessivas paralisaçõ­es por distritos. As expectativ­as para um entendimen­to são “baixas”, reconheceu ontem o secretário-geral da Fenprof. Uma das principais reivindica­ções é a recuperaçã­o do tempo de serviço congelado: seis anos, seis meses e 23 dias. O `grupo dos nove' (plataforma de estruturas sindicais) aponta ainda seis linhas vermelhas para viabilizar o modelo de colocação de professore­s proposto pelo Ministério da Educação. No final da reunião suplementa­r com a tutela, o `grupo dos nove'

PROFESSORE­S QUEREM RECUPERAR SEIS ANOS, SEIS MESES E 23 DIAS DE TEMPO DE SERVIÇO

realiza um plenário, com professore­s de todo o País, à porta do Ministério da Educação, em Lisboa, onde serão decididas novas formas de luta caso o encontro se revele um fracasso. Nesse sentido, os professore­s deverão decidir pela greve às avaliações no segundo período, tendo em conta um inquérito que contou com o contributo de 61 mil professore­s (cerca de metade do corpo docente). Foram considerad­as 32 mil respostas completas, porque muitos docentes só preenchera­m parte do questionár­io. Mais de 70% considerar­am ser necessário uma nova greve por distritos, greve às avaliações do 2.º período e uma manifestaç­ão. Os professore­s sugeriram outras formas de luta: greve às provas de aferição, às correções dos exames, recusa em trabalhar mais do que as 35 horas do horário, vigílias, buzinões, marchas lentas nas estradas nacionais. O sinal dado pelos professore­s é o de quererem endurecer ainda mais a luta, diz Mário Nogueira, explicando que, caso avance a greve às avaliações, esta não está abrangida pelo regime de serviço mínimos. “Se metade dos professore­s fizer greve na primeira reunião para a atribuição das notas terá de se realizar outra reunião”, adianta.

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1Mário Nogueira reconhece dificuldad­es 2Previstos
Mais protestos 2 1Mário Nogueira reconhece dificuldad­es 2Previstos

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