Greve às avaliações em cima da mesa
REUNIÃO Ministério e sindicatos discutem recrutamento e colocação de docentes ªRESULTADO falha de acordo levará a novas paralisações
Os professores e Ministério da Educação chegam amanhã ao `dia D' das negociações para um novo modelo de recrutamento e colocação de docentes. Caso não seja alcançado um acordo na reunião suplementar, os professores ameaçam com novas formas de luta que poderão conduzir a uma greve às avaliações do segundo período e sucessivas paralisações por distritos. As expectativas para um entendimento são “baixas”, reconheceu ontem o secretário-geral da Fenprof. Uma das principais reivindicações é a recuperação do tempo de serviço congelado: seis anos, seis meses e 23 dias. O `grupo dos nove' (plataforma de estruturas sindicais) aponta ainda seis linhas vermelhas para viabilizar o modelo de colocação de professores proposto pelo Ministério da Educação. No final da reunião suplementar com a tutela, o `grupo dos nove'
PROFESSORES QUEREM RECUPERAR SEIS ANOS, SEIS MESES E 23 DIAS DE TEMPO DE SERVIÇO
realiza um plenário, com professores de todo o País, à porta do Ministério da Educação, em Lisboa, onde serão decididas novas formas de luta caso o encontro se revele um fracasso. Nesse sentido, os professores deverão decidir pela greve às avaliações no segundo período, tendo em conta um inquérito que contou com o contributo de 61 mil professores (cerca de metade do corpo docente). Foram consideradas 32 mil respostas completas, porque muitos docentes só preencheram parte do questionário. Mais de 70% consideraram ser necessário uma nova greve por distritos, greve às avaliações do 2.º período e uma manifestação. Os professores sugeriram outras formas de luta: greve às provas de aferição, às correções dos exames, recusa em trabalhar mais do que as 35 horas do horário, vigílias, buzinões, marchas lentas nas estradas nacionais. O sinal dado pelos professores é o de quererem endurecer ainda mais a luta, diz Mário Nogueira, explicando que, caso avance a greve às avaliações, esta não está abrangida pelo regime de serviço mínimos. “Se metade dos professores fizer greve na primeira reunião para a atribuição das notas terá de se realizar outra reunião”, adianta.