Altar abre polémica entre Marcelo e Igreja
AVISO Presidente pede contenção nos custos ª GASTO Pode ultrapassar 160 milhões de euros
u Os custos do altar-palco para a Jornada Mundial da Juventude, superiores a cinco milhões de euros, abriram uma polémica. Marcelo pediu contenção nos valores, o Patriarcado garantiu que toda a informação foi partilhada através da Fundação Mundial da Juventude, o PR garantiu que só soube, informalmente, dos custos do projeto.
Ontem, Marcelo Rebelo de
Sousa recomendou que a obra correspondesse ao pensamento do Papa Francisco, “que se caracteriza por uma visão simples, pobre, não triunfalista.”
A polémica foi crescendo de tom, obrigando D. Américo Aguiar, recém-chegado do Panamá, a prestar esclarecimentos. O presidente da Fundação JMJ confessou que o valor de 4,2 milhões no ajuste direto (a que acresce mais de 1 milhão para as fundações) o “magoou”. “Numa altura de grandes dificuldades, este número magoa”, sublinhou. Disse que só soube do valor pela comunicação social e garantiu que o PR também não sabia. Adiantou que já falou com Carlos Moedas, Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra-adjunta Ana Catarina Mendes para avaliar “qual a razão deste valor.” O que não for essencial será eliminado. Quanto aos encargos da Igreja com a JMJ, sabe-se que vão chegar aos 80 milhões de euros. Carlos Moedas, presidente da
Câmara de Lisboa (a autarquia vai pagar o altar) também é alvo de críticas. A oposição fala em falta de transparência e o Chega quer Moedas no Parlamento. “Tudo o que for vontade do Presidente da República ou da Igreja, eu farei”, garantiu Moedas.
RESPONSÁVEL DA JORNADA DIZ TER FICADO “MAGOADO” COM CUSTO DO ALTAR