Espanca namorada e incendeia casa
CRIME Ficou em domiciliária por violência doméstica contra a mulher e, no cumprimento da pena, ainda agrediu os pais TERROR Companheira era atacada com murros e a pontapé
Presente a um juiz, indiciado por violência doméstica contra a namorada, surda-muda, o homem, de 34 anos, tinha ficado em prisão preventiva, em setembro de 2021. A medida de coação acabou por ser alterada para prisão domiciliária duas semanas depois. Preso em casa, espancou os pais - o que originou um novo inquérito e fez com que voltasse para a cadeia. O agressor já está a ser julgado no Tribunal de Aveiro pelos crimes cometidos contra a ex-companheira e por incendiar a casa em que viviam os dois, em Águeda.
Diz o processo que o agressor e a vítima mantiveram uma relação durante oito meses. A mesma chegou ao fim em agosto do ano passado devido ao facto de o arguido consumir bebidas alcoólicas em excesso e droga que o tornavam agressivo, levando a discussões. Diariamente, a mulher era agarrada pelos braços e espancada com bofetadas na cara e pontapés no corpo. Chegou a ser arrastada pelas escadas e era insultada.
A 30 de agosto, após ter estado no café, o homem regressou a casa alcoolizado. Por não ouvir, a mulher não percebeu que o companheiro estava a dar pontapés na porta, arrombando-a. Já dentro de casa, o arguido partiu o telemóvel da vítima. Numa altura em que a GNR já tinha chegado ao local, o agressor ausentou-se e a mulher foi levada para o posto, por estar aterrorizada. Depois, por não encontrar a namorada em casa, o suspeito decidiu incendiar a habitação. Com um isqueiro ou um cigarro, ateou fogo a um sofá da sala e ficou na rua a ver a casa a arder. Causou prejuízos na moradia de quase 28 mil €.
O Ministério Público indica ainda que a vítima ficou sem nada. Todos os seus bens foram consumidos pelas chamas. Sofreu, por isso, prejuízos na ordem dos 10 mil € - perdeu todas as suas roupas, mobílias, eletrodomésticos e até ouro. O fogo colocou ainda em risco as casas contíguas à da vítima. ●
QUEIMOU TODOS OS PERTENCES DA VÍTIMA, QUE É SURDA-MUDA