Fraude fiscal
SPORTING DE BRAGA Foi i aos arsenalistas que os investigadores pediram toda a documentação relativa à compra do passe do atleta, em 2012
Eder, que subiu à condição de herói nacional depois de ter marcado o golo da vitória no Euro 2016, em França, é suspeito de fraude fiscal e branqueamento de capitais. A notícia, avançada ontem pela revista Sábado, dá conta de que o jogador criou em 2012 uma empresa fictícia para escapar ao Fisco. Foi quando foi contratado pelo Sporting de Braga que Eder utilizou um artifício legal para pagar menos impostos e evitar o pagamento à Segurança Social.
Eder vem referido no mandado de busca entregue aos bracarenses, n u ma b u s c a que foi presidida, na semana passada, pelo juiz Carlos Alexandre. Dá-se conta nesse documento de que, além do atleta, são suspeitos o seu empresário, o clube minhoto, e estão em causa as empresas “Idoloásis, Unipessoal, Lda” e “FMA, FZE International Sports Agency”.
O Ministério Público defende que cinco meses depois de ter assinado com a Académica, em dezembro de 2011, Eder e o seu agente, Mohamed Afzal, assinaram um acordo com o Sporting de Braga. Cediam aos arsenalistas 50% dos direitos económicos, adquiridos pela “Idoloásis, uma simulação que já teria como objetivo fintar o pagamento dos impostos.
Lesados em todo o processo terão sido os de Coimbra que chegaram a tornar público, no final dessa época, que teriam um acordo que visava a transferência do jogador para o West Ham de Inglaterra. Eder não aceitou e rumou para Braga, para o clube com o qual assinou por quatro épocas.
Ainda segundo os mandados, tal simulação de venda de direitos económicos “visou o pagamento de valores que seriam exigidos pelo profissional de futebol a título de prémio de assinatura e, assim, de rendimento de trabalho dependente”. O objetivo, diz ainda o MP, era permitir que Eder ficasse “desonerado de parte das contribuições para a Segurança Social e retenções na fonte”.
A fundamentação do MP vai mais longe. Com este esquema alegadamente criminoso tamb é m o Br a g a g a nhou. Te v e “maior margem financeira para negociar com o atleta, permitindo-lhe a redução da sua tributação em IRS”. Eder deverá ser brevemente constituído arguido no processo.
TODOS GANHARAM: O CLUBE, O JOGADOR E TAMBÉM O EMPRESÁRIO