ADVOGADA MATA POR 20 MIL EUROS
ENVENENA companheiro de 78 anos depois de lhe sacar dinheiro JURISTA de 60 anos apanhada MUDOU identidade e aparência para seduzir outros idosos
Sandra Helena Lopes, de 60 anos, é advogada, mas usava atualmente uma identidade falsa. Estava desaparecida desde julho de 2018, quando terá envenenado o companheiro, de 78 anos, com medicamentos. Mudou-se da zona de Benfica, no coração de Lisboa, para o Norte do País, e regressou recentemente à zona de Belém, novamente na capital. Trocou de carro, de telemóvel e até de aparência física. Deixou crescer o cabelo, que era curto, e escureceu-o: passou de castanho claro para preto.
Sandra começou este ano a aligeirar os cuidados. Não sabia que a PJ não tinha descansado. A advogada esfumou-se do mapa quando o companheiro morreu e desde a primeira hora que foi considerada suspeita.
A autópsia demorou a chegar, mas confirmou o que a PJ acreditava ter acontecido. Não era morte natural, o homem tinha sido envenenado, provavelmente com medicamentos que eram misturados na comida. Nas semanas antes da sua morte, Sandra tinha levantado todo o dinheiro que havia nas contas do idoso. Sempre no multibanco e no valor máximo diário: 400 euros. No total levou 20 mil.
Há cerca de dois meses, a PJ apertou o cerco. Estavam convencidos de que a tinham finalmente identificado em segurança, vigiavam-na quando a PSP a abordou por estar a furar o confinamento. Sandra deu outro nome e falou com um sotaque brasileiro. Disse que se tinha esquecido dos documentos em casa.
Mais tarde, a Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária localizou-a na zona de Belém. Estava agora com outro companheiro, da mesma faixa etária que a vítima mortal, que também a sustentava. Não há notícia de maus-tratos, nem de queixas por burlas. Mas a PJ tenta perceber se, desde 2018, não houve outros idosos que tivessem sido burlados pela mulher que parecia que só queria o dinheiro dos companheiros.
LEVANTOU O DINHEIRO DA VÍTIMA NAS SEMANAS ANTES DE A MATAR