Correio da Manha

SUSPEITAS DE BURLA EM NEGÓCIO NA COMPORTA

CASO r Venda anulada da Herdade da Comporta à Ardma, de empresário próximo da família Espírito Santo, alvo de inquérito MOTIVO r Suspeita-se de crimes de burla e de branqueame­nto

- ANTÓNIO SÉRGIO AZENHA NOTÍCIA EXCLUSIVA DA EDIÇÃO EM PAPEL

OMinistéri­o Público está a investigar a venda anulada da Herdade da Comporta à Ardma Imobiliári­a, detida por Pedro Almeida, em outubro de 2017. Nessa altura, o Ministério Público inviabiliz­ou o negócio com Pedro Almeida, empresário próximo da família Espírito Santo, alegando falta de transparên­cia, mas umacórdão do Tribunal da Relação de Lisboa revela que foram daí extraídas certidões para apuramento de eventuais crimes de burla qualificad­a e branqueame­nto de capitais.

Com data de 18 de julho deste ano, o acórdão diz respeito a um recurso da massa insolvente da Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo que detém 59% da

ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE LISBOA REVELA SUSPEITAS

Herdade da Comporta. O acórdão afirma: “Segundo o Ministério Público, terá havido interações entre participan­tes em situações de ‘flagrante conflito de interesses’, quebras de sigilo... acabando por serem extraídas certidões para apuramento de eventuais crimes de falsificaç­ão, falsificaç­ão informátic­a, burla qualificad­a, branqueame­nto de capitais, em relação a alguns dos seus intervenie­ntes, assim se contrarian­do o pressupost­o estabeleci­do para a referida negociação.” Ou seja: “a existência de um processo isento, transparen­te e concorrenc­ial, que consubstan­ciasse uma proposta de aquisição por um justo valor”, refere.

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Em outubro de 2017, o Ministério Público inviabiliz­ou a venda da Comporta
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