“Orçamentos são do Governo”
COSTA r Justificou o facto de novos ministros não terem negociado verbas para 2019. Cerimónia durou 5 minutos e Azeredo foimuito cumprimentado
Os novos ministros do XXI Governo Constitucional tomaram ontem posse, no Palácio de Belém, numa cerimónia breve em que António Costa deixou o aviso: “As propostas de Orçamento não são dos ministros, são do Governo.”
O primeiro-ministro assegurou ainda que as saídas foram todas “feitas a pedido dos próprios” ministros. Isto, apesar de os governantes remodelados terem agenda para os próximos dias. A verdade é que a manobra de Costa apanhou todos de surpresa, pelo ‘timmimg’ inédito: no dia da entrega do Orçamento do Estado para 2019 no Parla- mento. Costa desvalorizou o facto de a defesa do documento não ser feita pelos mesmos ministros que nele trabalharam e frisou que este é o momento para dar uma “dinâmica renovada” ao Executivo. Da nova orgânica, faz agora parte João Gomes Cravinho, que sucede a Azeredo Lopes na Defesa. Na Saúde, Marta Temido ocupa o lugar de Adalberto Campos Fernandes. O ex-ministro defendeu ontem a necessidade de haver sangue novo na tutela. “Há momentos em que é preciso, tal como numa corrida de estafetas, um outro jogador, com mais energia, com mais capacidade”, disse, lembrando que o setor “é difícil” e tem de “ser salvo”. Outras das mudanças foi na Cultura, com Graça Fonseca a ser promovida. Ocupa o lugar de Castro Mendes, que, no final garantiu ter sido “muito feliz” no cargo. Pedro Siza Vieira absorve a pasta de Caldeira Cabral da Economia. João Matos Fernandes ganhou a pasta da Energia: é ministro do Ambiente e da Transição Energética.
Marcelo Rebelo de Sousa deu p o s s e ao s no vo s minis t r o s numa cerimónia de cinco minutos. Mais tempo levaram os cumprimentos, com prolongados abraços a Azeredo Lopes.