A força da igualdade
Nem todos têm férias, há preferências variadas por praia ou campo e o calor apoquenta cada umde forma diferente. No entanto, a igualdade e, de forma mais precisa, a equidade constituem preocupação importante e, como muitos exemplos provam, fator decisivo para melhorar a vida das pessoas. O problema está em que é preciso construí-la.
Uma sociedade igualitária não é aquela em que as pessoas andam vestidas de igual, como na China de
Mao. A igualdade não é uma farda, mas um equilíbrio de condições de vida e oportunidades, à maneira das fórmulas matemáticas da física, como a estipulada por Arquimedes, na igualdade entre a impulsão sofrida por um corpo e o peso do volume do líquido deslocado.
É a igualdade que gera a coesão social e também as dinâmicas sustentáveis de crescimento económico. Não é possível desenvolver umasociedade onde reina a desigualdade. E não é aceitável, como tem acontecido, que os governos de Portugal utilizem os financiamentos da coesão europeia sem pensar emequilibrar o País económico e social. Apromulgação, na última semana, das Leis de Descentralização e das Finanças Locais tem de ser umtoque a rebate para umPaís mais igual. Sem igualdade, Portugal está condenado a empobrecer.