Cidadão das outras ilhas “aflitos”
Na passada segunda-feira,19, dia em que entrou em vigor o sistema simplificado de atendimento para renovação de vistos para os viajantes frequentes, cerca de uma centena de pessoas procuram o Centro Comum de Vistos (CCV), na cidade da Praia, na mira de obter uma das vinte vagas disponibilizadas.
Algumas chegaram ao local, na Achada de Santo António, por volta das 20 horas de domingo,19, e aguardaram a fila até de manhã de segunda-feira, estando os atendimentos agendados entre as 9h e 10 horas.
“Cheguei às 7 horas da noite de domingo. Fiquei junto com o guarda e foi chegando mais pessoas. Consegui a senha número 2 e resolvi ficar e aguardar a minha vez”, relatou um dos requerentes em entrevista à RCV.
“Tenho ainda dois pacotes de remédios mas o meu médico já disse que tenho que regressar a Portugal porque é a primeira vez que me receitou esses medicamentos e espera-me para fazer novas análises. Estou na fila para marcar pedido de visto desde Janeiro e não tenho conseguido. A minha esperança é que com esta simplificação eu possa conseguir”, contou sobre a sua situação.
Esse cidadão disse que se certificou de que se encontrava na modalidade de viajantes frequentes, pois nem todos que procuraram, na segunda-feira, 19, o CCV na tentativa de renovarem o título de entrada no espaço Schengen se enquadram nos requisitos do sistema de simplificação em causa.
Entretanto, a preocupação maior advém dos cidadãos de outras ilhas que não sabem se vão ou não ser abrangidos, uma vez que neste momento o sistema simplificado de atendimentos para viajantes frequentes só se regista no CCV, na Praia.
Relativamente a este tipo de demanda, o encarregado da secção consular portuguesa na Praia alega que o CCV continua a ser “a única entidade emissora de vistos que se desloca às outras ilhas”. “Tendo nós a nossa sede na Cidade da Praia, naturalmente que temos muito maior capacidade de processamento e de flexibilidade para implementar e experimentar sistemas-piloto”, conclui Francisco de Meneses.