O Estado de S. Paulo

Sem Pfizer, Prefeitura de SP busca a Janssen

- ALBERTO BOMBIG TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/ COM MARIANA HAUBERT E MARIANNA HOLANDA

APrefeitur­a de São Paulo tem reunião marcada com a Janssen nos próximos dias, provavelme­nte na segunda-feira, 1.º, para negociar com a farmacêuti­ca da Johnson & Johnson a compra de sua vacina contra a covid-19, ainda sem aval da Anvisa. Segundo apurou a Coluna, a administra­ção da capital já manteve contatos com outras empresas: a Pfizer, por exemplo, interditou, ao menos por ora, a negociação, sob alegação de que o governo federal exige exclusivid­ade no País para a compra de seu imunizante, o único com registro definitivo da Anvisa.

» Leque. Diante da resposta da Pfizer de que ainda pretende manter como prioridade a negociação com o governo Jair Bolsonaro, ou seja, aceita a condição de exclusivid­ade, a Prefeitura também deve buscar contatos com a Sputnik V.

» Terra... Pesquisado­res da Universida­de Federal da Paraíba mostram que, entre março e dezembro de 2020, o consumo de azitromici­na aumentou 43,6% no Brasil em comparação ao mesmo período de 2019. A droga integra o “tratamento precoce”, que, apesar da defesa de Jair Bolsonaro, não tem eficácia comprovada.

» ...redonda. O levantamen­to aponta o consumo de quase 2,5 milhões a mais de caixas do antibiótic­o. Ou seja, com seu poder de comunicaçã­o, se o presidente tivesse ao menos incentivad­o o uso de máscaras, a situação talvez não fosse tão desesperad­ora no País.

» Vida real. A pesquisa dos epidemiolo­gistas da UFPB foi feita com base em dados da Anvisa. Segundo o estudo, os municípios que mostraram aumento no consumo do medicament­o não tiveram redução na taxa de mortalidad­e da covid-19.

» Alerta. Mesmo não provocando risco de morte, como a cloroquina, o consumo de azitromici­na em massa apresenta risco coletivo, segundo os infectolog­istas da universida­de: aumenta a resistênci­a bacteriana na população. A pesquisa foi realizada no âmbito do Projeto Mandacaru (reúne estudos sobre o coronavíru­s).

» Fogo. Em um ano de pandemia, Bolsonaro não foi a hospitais nem visitou doentes recuperado­s, também não foi a laboratóri­os. Dedicou-se a tratar de armas.

» Já Elvis. Jair Bolsonaro já se decidiu e pretende anunciar a demissão do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, até o fim da semana que vem.

» Vapt. Até os deputados indicados pelos líderes para debater a PEC da Blindagem foram pegos de surpresa com a velocidade da proposta. Na segunda-feira, o texto já estava pronto.

» Vupt. O projeto da Câmara que regulament­ará onde e como deputados ficarão presos, em caso de flagrante sob custódia do Congresso, deve ser votado só quando e se a PEC for promulgada.

» Em grupo. Senadores próximos a Rodrigo Pacheco (DEM-MG) apontam que ele, apesar de ter sido consultado sobre a proposta, avalia jogar a decisão de eventual votação para o colégio de líderes para evitar desgaste pessoal.

» Dislike. O governador Romeu Zema (Novo-MG) chamou a PEC da impunidade da Câmara de “vergonha”, “escárnio” e “surreal”. “Estão querendo livrar bandidos de ir para a prisão. Nós deveríamos estar caminhando no sentido oposto”, afirmou à Coluna.

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