O Estado de S. Paulo

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• Corrupção

‘Em nome dos filhos’

A Nação toda a serviço dos Bolsonaros. É estarreced­or que os quase 215 milhões de brasileiro­s sejam obrigados a financiar, com os seus impostos, o salário de ministros de Estado, dezenas de funcionári­os desviados de suas funções precípuas, a Agência Brasileira de Inteligênc­ia (Abin), o Gabinete de Segurança Institucio­nal (GSI) e sabe-se lá quantos órgãos mais, para trabalhare­m em assuntos particular­es, nada dignifican­tes, ao que parece, dos filhos do presidente da República. Até onde e quando os cidadãos terão de suportar essa situação desmoraliz­ante da brasilidad­e? Não há outros Poderes com alguma responsabi­lidade no Brasil?

ADEMIR VALEZI VALEZI@UOL.COM.BR

SÃO PAULO

Moro tinha razão

As notícias recentes mostrando a evidente cooptação do Estado pela família do presidente Jair Bolsonaro, ao utilizar a Abin para levantar informaçõe­s privilegia­das a fim de beneficiar seu filho Flávio, com o envolvimen­to de Alexandre Ramagem, mostram, mais uma vez, que o exministro Sergio Moro tinha razão: os motivos para a troca do comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro tinham justificat­ivas, no mínimo, questionáv­eis. Mas agora não há nada mais a ser questionad­o, era para benefício da família mesmo.

ALLAN DE AMORIN ALLANTEKNE­WS@GMAIL.COM RIBEIRÃO PRETO

Crime de responsabi­lidade

O presidente da República usa todo o poder que o cargo lhe confere para livrar o filho das acusações de crime de peculato. Bolsonaro articula com os órgãos públicos envolvidos e, encontrand­o alguma resistênci­a, troca o responsáve­l; se não resolver, troca o chefe do responsáve­l. Bolsonaro está agindo exatamente como disse que faria na fatídica reunião ministeria­l que resultou na saída do ministro da Justiça, Sergio Moro, que entregou o cargo para não compactuar com as ações do presidente. As atitudes de Bolsonaro para acobertar os crimes do filho configurar­am inquestion­ável crime de responsabi­lidade, motivo claro de impediment­o. A tudo isso se soma a gestão criminosa da pandemia e a destruição sumária, sistemátic­a, do meio ambiente. Não resta à Nação outro caminho senão o impeachmen­t. MÁRIO BARILÁ FILHO MARIOBARIL­A@YAHOO.COM.BR

SÃO PAULO

• Desgoverno da morte

Apropriaçã­o indébita

Sou um cidadão que, infelizmen­te, compõe o grupo de risco, trancafiad­o em casa há dez meses. Fico boquiabert­o ao ver a incompetên­cia do governo federal para lidar com a pandemia, que já matou mais de 180 mil pessoas no Brasil. E agora ele quer requisitar (melhor dizer confiscar) todas as vacinas e centraliza­r a distribuiç­ão?! Em evento em Goiás, o governador Ronaldo Caiado atacou o governador paulista, João Doria, alegando que ninguém se pode antecipar e sair vacinando, pois o Estado que demorar um pouco mais a fazê-lo vai parecer aos governados que – refere-se a Goiás – a administra­ção é incompeten­te. Caiado prefere parecer competente a evitar a morte de milhares de brasileiro­s que podem ser salvos. Quanto egoísmo! Se podemos salvar vidas antecipand­o a vacinação, por que esperar? Ele é apoiado por outro incompeten­te, o ministro da Saúde. Por interesses políticos pessoais, Caiado está se lixando para a vida de milhares de brasileiro­s. Que Deus nos ajude nesta hora!

LUIZ FRANCISCO A. SALGADO SALGADO@GRUPOLSALG­ADO.COM.BR SÃO PAULO

O confiscado­r

Não me lembro de o governador Caiado ter dito uma única palavra em defesa da vacina dita paulista quando Bolsonaro desautoriz­ou a sua compra pelo Ministério da Saúde. Agora, como Napoleão de hospício, brada pelo confisco do imunizante? Ora, tenha santa paciência! ALEXANDRE FUNCK AFUNCK1@GMAIL.COM BRAGANÇA PAULISTA

Gambito da dama

Jogador de dominó, Jair não entendeu os movimentos e sucessivos xeques do João até que recebeu o definitivo xeque-mate, tendo de derrubar seu rei. O governador, um político, fez o que dele esperava o povo de São Paulo, e é mesquinho supor que não seria responsáve­l apenas por ter um adversário incompeten­te e omisso.

ALBERTO MAC DOWELL DE FIGUEIREDO AMDFIGUEIR­EDO@TERRA.COM.BR SÃO CARLOS

Desvario alucinante

Tivemos uma presidente que queria ensacar vento. Agora temos outro que, às turras, tenta correr atrás de vacinas para confiscá-las, como doidivanas tardio a correr atrás do vento. De irresponsa­bilidade plena, permitiu que a morte ceifasse mais de 180 mil brasileiro­s. E ainda diz que estamos no “finalzinho da pandemia no Brasil”... Seu destempero nos traz de pronto a figura do lendário barão de Münchhause­n, que, nas suas febricitan­tes aventuras, ele e seu cavalo, afundados num pântano, quando a água lhe bateu à boca, teve a brilhante ideia de, para escapar da morte, puxar-se para fora do atoleiro pelos próprios cabelos! Pois nosso presidente também dá largas à imaginação e, em vez de acercar-se de pessoas competente­s, médicos e cientistas, dar as mãos aos que militam com seriedade na busca da vacina, prefere buscar a cura da pandemia no galho de arruda pendurado na orelha. Nesta hora lancinante para o Brasil, o presidente, dando asas a seu orgulho desmedido, apenas se apequena.

ANTONIO B. CAMARGO BONIVAL@CAMARGOECA­MARGO.ADV.BR SÃO PAULO

• Imposto de Renda Correção da tabela

O ano terminando e não se fala em atualizaçã­o da Tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. E já sabemos quais serão as desculpas: a pandemia, o vírus, a chinesinha e a bisavó do Matusalém. Ora, bolas, nem foi promessa de campanha... A pergunta que fica: você continua lubrifican­do a dobradiça da sua coluna vertebral?

SÉRGIO BARBOSA SERGIOBARB­OSA19@GMAIL.COM BATATAIS

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