Pazuello afirma que propostas de vacina não agradam
• Em audiência pública no Congresso Nacional ontem, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chamou de "pífias" as propostas apresentadas por desenvolvedoras de vacinas ao Brasil, mas sugeriu que pode comprar o modelo da Pfizer por meio do consórcio Covax Facility. A farmacêutica ainda negocia a entrada na iniciativa internacional liderada pela Organização Mundial da Saúde. O Brasil espera comprar imunizante para 10% da população pela Covax.
"O Brasil aderiu a esse consórcio desde o desenvolvimento das vacinas, já com opção de compra, (com) recebimento de 42 milhões de doses, que poderá ser de uma das dez fabricantes (que participam do Covax). Inclusive a própria Astrazeneca ou a Pfizer, por exemplo, estão no consórcio", disse o ministro.
"Ficou muito óbvio que são muito poucas as fabricantes que têm a quantidade e cronograma de entrega efetivo para nosso País. Quando a gente chega no fim das negociações e vai para cronograma de entrega, fabricação, os números são pífios. (Considerando) números em grande quantidade, se reduz a uma, duas, três ideias", disse Pazuello.
Sem citar uma farmacêutica, o ministro também disse que há "campanha publicitária muito forte" para venda de vacina, mas que as propostas não têm agradado.
Pazuello afirmou que o Brasil pode ter 300 milhões de doses em 2021, sendo cerca de 100 milhões entregues pela Astrazeneca até o fim do primeiro semestre, além de outras 160 milhões de unidades, do mesmo modelo, que serão fabricadas pela Fiocruz. Além disso, outras 40 milhões viriam da Covax Facility.