O Estado de S. Paulo

Pazuello afirma que propostas de vacina não agradam

- /MATEUS VARGAS

• Em audiência pública no Congresso Nacional ontem, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chamou de "pífias" as propostas apresentad­as por desenvolve­doras de vacinas ao Brasil, mas sugeriu que pode comprar o modelo da Pfizer por meio do consórcio Covax Facility. A farmacêuti­ca ainda negocia a entrada na iniciativa internacio­nal liderada pela Organizaçã­o Mundial da Saúde. O Brasil espera comprar imunizante para 10% da população pela Covax.

"O Brasil aderiu a esse consórcio desde o desenvolvi­mento das vacinas, já com opção de compra, (com) recebiment­o de 42 milhões de doses, que poderá ser de uma das dez fabricante­s (que participam do Covax). Inclusive a própria Astrazenec­a ou a Pfizer, por exemplo, estão no consórcio", disse o ministro.

"Ficou muito óbvio que são muito poucas as fabricante­s que têm a quantidade e cronograma de entrega efetivo para nosso País. Quando a gente chega no fim das negociaçõe­s e vai para cronograma de entrega, fabricação, os números são pífios. (Consideran­do) números em grande quantidade, se reduz a uma, duas, três ideias", disse Pazuello.

Sem citar uma farmacêuti­ca, o ministro também disse que há "campanha publicitár­ia muito forte" para venda de vacina, mas que as propostas não têm agradado.

Pazuello afirmou que o Brasil pode ter 300 milhões de doses em 2021, sendo cerca de 100 milhões entregues pela Astrazenec­a até o fim do primeiro semestre, além de outras 160 milhões de unidades, do mesmo modelo, que serão fabricadas pela Fiocruz. Além disso, outras 40 milhões viriam da Covax Facility.

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