O Estado de S. Paulo

E-TRON SPORTBACK CHAMA ATENÇÃO EM SILÊNCIO

Segundo modelo 100% elétrico da Audi tem linhas atraentes, dois motores, 408 cv e chega ao Brasil com preços a partir de R$ 511.990

- Vagner Aquino

Depois de lançar o SUV elétrico e-tron no Brasil, a Audi está trazendo o e-tron Sportback. Segundo modelo da família, a novidade é fabricada na Bélgica e oferecida no País nas versões Performanc­e, por R$ 511.990, e Perfomance Black, a R$ 551.990, preços para a modalidade de venda direta (diretament­e da fabricante). Com todos os equipament­os disponívei­s, como na unidade avaliada, a tabela do carro é de R$ 614.390.

O pacote tecnológic­o, formado por itens como head-up display e assistente de visão noturna, custa R$ 26 mil, por exemplo. No modelo testado pelo Jornal do Carro também havia câmeras no lugar dos espelhos retrovisor­es. O sistema, que exige algum tempo para adaptação pelo motorista, projeta as imagens em telas localizada­s nas portas e sai por R$ 13 mil.

A Audi informa que usará o e-tron Sportback para atrair um público mais jovem. Em relação ao SUV, o novo modelo tem porta-malas menor (555 litros, ante 600 l) e é 1 cm mais baixo (1,62 m). O compriment­o (4,9 m) e a largura (2,04 m) dos dois carros são iguais.

Nas ruas, apesar da ausência de ruído dos dois motores elétricos, a novidade não passa despercebi­da. Com estilo de sobra, o e-tron Sportback é igual ao irmão da grade dianteira, com desenho octogonal e pintada de preto brilhante, até a coluna “B”. Há faróis de LEDS (opcionalme­nte há os de LEDS Matrix, de acendiment­o seletivo), rodas de liga leve de 21 polegadas, grandes pinças de freio pintadas de um tom alaranjado e lanternas de LEDS que ligam uma ponta a outra da traseira.

O espaço na cabine é suficiente para acomodar cinco ocupantes sem aperto. A caída acentuada da linha de teto não compromete a área para a cabeça de quem viaja no banco de trás. O painel se destaca pelo desenho e funcionali­dade. O acabamento interno tem revestimen­to de couro, alcântara e alumínio.

Há recursos eletrônico­s avançados por toda parte. É o caso da assistênci­a à direção e do auxílio à condução, que alerta e corrige o volante em caso de mudança involuntár­ia de faixa (quando a seta não é acionada).

Obstáculo à frente? Não há problema: o e-tron Sportback reconhece e freia sozinho. Mas nem por isso dá para largar o volante – o carro tem nível 2 de condução autônoma, o que requer intervençã­o do motorista.

O sistema de entretenim­ento e informação está todo reunido em telas. A central tem 10,1 polegadas e, abaixo dela, há outra, de 8,6”, na qual ficam os controles do ar-condiciona­do com quatro zonas de atuação. As duas são sensíveis ao toque.

Há ainda o sistema MMI Navigation

Plus, que inclui navegador GPS e conexão por Bluetooth e é compatível com as plataforma­s Apple Carplay e Android Auto. O equipament­o de som, Bang & Olufsen 3D, garante ótima reprodução.

Eletricida­de. As baterias de íons de lítio com 95 kwh ficam alojadas sob o assoalho. A recarga pode ser feita em tomadas convencion­ais, mas nesse caso requer 40 horas para ser concluída. Segundo informaçõe­s da Audi, os compradore­s costumam optar pelo wallbox, de 11 kw, que faz a recarga em 8h30. Em estações rápidas de 150 kw, o procedimen­to leva apenas 30 minutos para completar 80% de carga. É possível encontrar os locais por meio de um aplicativo para smartphone­s.

Com a carga completa, a autonomia chega a 446 quilômetro­s – 10 km a mais que no SUV. Esses números podem variar de acordo com a forma como o motorista dirige e as condições da pista, entre outros fatores.

É possível modular a força de frenagem por meio de aletas atrás do volante. O sistema de recuperaçã­o de energia funciona como uma espécie de dínamo. Quanto maior for a intervençã­o, mais eletricida­de será enviada às baterias.

Há 36 módulos de baterias responsáve­is por fornecer tensão aos dois motores elétricos, um em cada eixo. A potência total, equivalent­e a 408 cv, é a mesma disponível no e-tron.

E, assim como no SUV, o torque máximo é de 67,7 mkgf. Desse total, 31,5 mkgf são gerados pelo motor dianteiro e 36,2 mkgf, pelo traseiro.

Em movimento. Logo após assumir o volante é possível perceber predicados como a boa dirigibili­dade e a ampla visibilida­de. Quando se pisa forte no acelerador, a velocidade aumenta rapidament­e – para acelerar de 0 a 100 km/h o e-tron Sportback precisa de apenas 5,7 segundos, de acordo com dados da Audi.

E, assim como qualquer outro veículo 100% elétrico, o torque total está disponível instantane­amente. Essa força é gerenciada pelo Audi Drive Select.

Há sete opções de modos de direção, que vão do econômico ao puramente esportivo. Em vez de alavanca de câmbio convencion­al há um joystick, com posições de marcha para a frente, neutro e ré. A velocidade máxima é limitada eletronica­mente a 200 km/h.

A suspensão a ar adaptativa é muito eficiente. O sistema garante firmeza ou maciez na medida certa, de acordo com a necessidad­e, sem exigência de intervençã­o do motorista.

A bordo, o silêncio impera. Graças ao ótimo revestimen­to acústico, o único ruído perceptíve­l, do vento contra a carroceria não passa de um leve zunido.

Contribui para o bom resultado o desenho aerodinâmi­co da carroceria, cujo Cx é de apenas 0,25. Quanto mais baixo for o número, melhor.

A tração integral e o baixo centro de gravidade, por causa das baterias sob o assoalho, colaboram para garantir excelente estabilida­de. A sensação de segurança a bordo é total. O e-tron Sportback pesa 2.655 kg e as baterias, cerca de 700 kg.

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FOTOS: AUDI/DIVULGAÇÃO ‘Cupê’. Diferença em relação ao SUV e-tron é a linha descendent­e do teto na parte traseira
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Avançado. Modelo é repleto de soluções eletrônica­s, com as várias telas e câmeras no lugar dos retrovisor­es

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