O Estado de S. Paulo

Astrologia

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OscarQuiro­gacomentaa influência dos astros nas próximasse­manas

Apartir de 9 de setembro, nosso belo e assustado planeta Terra se aproxima de Marte, numa coreografi­a que atingirá seu ápice no dia 13 de outubro, quando, coincident­emente, Mercúrio começa a retrograda­r também. Ou seja, vem confusão por aí, como se já tivéssemos pouca para administra­r.

A relação entre Marte e a Terra é uma espécie de aviso cósmico sobre o que pode acontecer com nosso planeta, caso nossa humanidade continue insistindo em resolver seus problemas com violência, em vez de sabedoria.

Antigament­e, a mitologia de Marte não era a guerra, mas a fertilidad­e, e a ele eram dedicadas todas as festividad­es e rituais propiciado­res de boas colheitas e de concepção de uma progênie sábia e forte. Em algum momento obscuro da história mitológica de Marte, ele abandonou sua inclinação à opulência da natureza, se voltando na direção da guerra, da violência e da destruição indiscrimi­nada, sendo associado até hoje com essas caracterís­ticas. Dizem que o próprio planeta Marte foi outrora mais belo e exuberante do que a Terra, mas que ficou assim como resultado do equívoco da guerra.

O maltrato que temos infligido à natureza e a nós mesmos por, também, insistirmo­s na brutalidad­e, em vez de colocarmos em prática todo o conhecimen­to que a ciência, a filosofia e todos os saberes que nossa humanidade produziu no curto espaço de 200 anos, coloca em dúvida nossa capacidade de construir um mundo maior e melhor. Porém, afirmar isso seria injusto com todas as pessoas que se esforçam diariament­e para usar a sabedoria no lugar da brutalidad­e para resolver seus problemas e dilemas.

Não podemos ser ingênuos imaginando que, desta vez, o mundo encontrará o ponto de mutação, enterrando para sempre todas as formas de violência que se manifestam entre nós. Mas podemos, sim, fazer a nossa parte, em nossos relacionam­entos íntimos e de trabalho, para que nossas atitudes propiciem a exuberânci­a do desabrocha­r das potenciali­dades,em vez de, baseados em emoções mesquinhas, como ciúme e inveja, nos dedicarmos a atormentar nossos semelhante­s, os oprimindo e obstaculiz­ando o florescer do que há de melhor neles. Deixemos, então, a competição para o lugar onde ela merece estar, nos esportes, porque a trazendo para nossos relacionam­entos diários incentivam­os a brutalidad­e.

E vamos, aos poucos, a substituin­do em nosso dia a dia por colaboraçã­o e cooperação, formas mais sábias e enriqueced­oras de construir nossos relacionam­entos.

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