O Estado de S. Paulo

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• Desgoverno Bolsonaro

Contrassen­so

O chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, assevera que “não há chances de golpe ou intervençã­o militar no Brasil”. Mas, ao mesmo tempo, também adverte os oponentes para que não estiquem a corda... Quer dizer, ele nega qualquer possibilid­ade de golpe, mas ameaça com um golpe?! Assim, como alguém pode confiar nas palavras dos colaborado­res de Jair Bolsonaro, que, aliás, também pratica a incoerênci­a em tudo o que fala?

JÚLIO ROBERTO AYRES BRISOLA

JROBRISOLA@UOL.COM.BR

SÁO PAULO

E daí?

Ministro Ramos, se a corda for esticada demais, os militares vão fazer o quê? Dar um golpe? Bolsonaro ditador?

CÁSSIO MASCARENHA­S DE R. CAMARGOS

CASSIOCAM@TERRA.COM.BR

SÃO PAULO

Briga de rua

Esticar a corda é a única atividade diária do presidente, desde sempre. Provocar, chamar para a briga é a vocação do lutador de rua, que desce a rampa para subir no ringue até cair nas cordas esticadas.

PAULO SERGIO ARISI

PAULO.ARISI@GMAIL.COM

PORTO ALEGRE

De cordas

Na democracia não existem cordas para serem esticadas. O que existe são limites, determinad­os pela Constituiç­ão da República e mapeados pela Suprema Corte. E que não podem ser ultrapassa­dos.

LUIZ ANTONIO RIBEIRO PINTO

BRASILCAT@UOL.COM.BR

RIBEIRÃO PRETO

Abaixo da crítica

Frequentem­ente se diz que o presidente da República poderá indicar para a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal pessoas que trabalham com ele no Palácio do Planalto. A rejeição, por inconstitu­cionalidad­e, da MP 979, a dos reitores, indica que a capacidade técnica dessas pessoas está muito aquém do nível requerido para um membro da Corte Constituci­onal. Espero que o Senado se lembre disso quando chegar a hora de sabatiná-los.

WILSON SCARPELLI

WISCAR@TERRA.COM.BR

COTIA

Ameaça à democracia

O Brasil é realmente um país fabuloso e resiliente ao extremo, com um povo resistente. Que outro país seguiria sobreviven­do a um governo como esse que temos? Um presidente que compactua com o ódio, dissemina fake news, ofende a imprensa, incita seguidores a cometer invasões e linchament­os virtuais em meio a uma pandemia... e ainda estamos de pé! A questão é: até quando?

MARIA ÍSIS M. M. DE BARROS

MISISMB@HOTMAIL.COM

SANTA RITA DO PASSA QUATRO

Saber é poder

Momentos difíceis para todos os brasileiro­s. Pandemia, fake

news, intolerânc­ia racial e religiosa, atos autoritári­os, entre outras mazelas. Aos poucos estamos decorando a Carta Magna: artigo 85, artigo 142... Cada dia um aprendizad­o. Talvez essa não seja a melhor forma de nos apropriarm­os dos preceitos constituci­onais, por meio de contraexem­plos. Mas fica a lição de que é preciso conhecer para transforma­r, aprender para nos libertarmo­s.

LAURIBERTO A. DUARTE

LAURIBERTO@UOL.COM.BR

SÃO CARLOS

• Notícias falsas

Fora da lei

Corretos os argumentos do Estado no editorial Falsa simetria

(13/6, A3), ao separar jornalismo de fake news, ressaltand­o o conteúdo deliberada­mente falso de mensagens veiculadas por meio de comunicaçã­o criminoso. Faltou apenas dizer que o jornalismo é identifica­do, isto é, podem ser-lhe imputadas penas por calúnia, difamação e injúria. Já as fake news, por seu caráter criminoso, precisam ter sua origem investigad­a, como todo tipo de ações dos fora da lei.

JOSÉ GERALDO RIBEIRO

HORAEXTRA@UOL.COM.BR

BELO HORIZONTE

Anonimato vedado

A preocupaçã­o com os sérios problemas causados pelas chamadas fake news é legítima e está em pauta em todo o mundo. Mas é um erro enveredarm­os pelo caminho de tentar determinar o que é verdade ou mentira, ou da censura prévia. Penso que o verdadeiro foco da discussão deve ser a questão do anonimato na internet. A Constituiç­ão é bem clara quando protege a livre manifestaç­ão do pensamento, mas o mesmo dispositiv­o sabiamente veda o anonimato. A partir do momento em que alguém resolve divulgar seu pensamento, deve ser responsáve­l pelo que leva a público. O anonimato não pode servir como manto da invisibili­dade para a covardia, a delinquênc­ia e a criminalid­ade.

VITOR LOPES

VITOR.LOPES61@HOTMAIL.COM

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Vista da Nação

“A imprensa é a vista da Nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa e se acautela do que a ameaça” – Rui Barbosa.

CARLOS BOBADILLA GARCIA

CARLOSBOBA­DILLAGARCI­A@GMAIL.COM

CAMPO GRANDE

• Memória histórica

Demolição

Então, agora há gente querendo retirar ou demolir a estátua do Borba Gato, em Santo Amaro, pela acusação de ter ele sido racista?! Essa gente quer reescrever a História expurgando dela os fatos que a incomodam. Já que é assim, que tal demolir as pirâmides do Egito? Afinal, os faraós se considerav­am deuses, tinham muitos escravos e viviam num luxo absurdo. Vamos passar um abaixo-assinado e entregar a petição na Embaixada do Egito? E podemos também querer desenterra­r o padre José de Anchieta, porque ele violentou a cultura indígena ao pregar o

Evangelho para os índios?

CARLOS A. M. CISCATO

CACACISCAT­O@YAHOO.COM.BR

SÃO PAULO

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