O Estado de S. Paulo

SP distribui material para aulas a distância na rede pública

Desenhos produzidos por crianças de 0 a 6 anos poderão contar como horas cumpridas na educação infantil

- Erika Motoda

O governo do Estado de São Paulo vai distribuir kits impressos aos 3,5 milhões de alunos da rede estadual e também para estudantes de 470 escolas municipais – o material deverá ser usado para estudo em casa, durante a suspensão das aulas presenciai­s. Além disso, o Conselho Estadual de Educação (CEE) aprovou que desenhos, textos e objetos construído­s por crianças da creche e pré-escola durante o período da quarentena sejam contabiliz­ados pelas instituiçõ­es de educação infantil como horas cumpridas pelos alunos.

As apostilas, livros paradidáti­cos e gibis da Turma da Mônica que serão distribuíd­os para os mais velhos custaram, segundo o governador João Doria (PSDB), R$ 19,5 milhões. Haverá ainda material destinado aos pais e responsáve­is, orientando como estudar em casa durante o período de suspensão das aulas presenciai­s por causa da pandemia do novo coronavíru­s.

A Secretaria da Educação antecipou as férias e recesso escolar no dia 23 de março como forma de evitar a propagação do coronavíru­s. As aulas serão retomadas no dia 27 de abril, data em que começa a distribuiç­ão do material escolar. Os alunos deverão retirar os materiais nas escolas, de forma escalonada. O calendário ainda será divulgado. A distribuiç­ão para os cerca de 10% de alunos que moram em áreas rurais será feita por meio do transporte escolar.

De 22 a 24 de abril, professore­s receberão formação com orientaçõe­s sobre a forma de ensino durante o período de suspensão das aulas presenciai­s.

Em relação aos alunos da educação infantil (de 0 a 6 anos), os materiais produzidos pelas crianças durante a quarentena deverão ser levados às instituiçõ­es de ensino, tanto em formato físico como em foto ou vídeo, após o fim do isolamento para que seja feita uma avaliação do progresso das crianças e as horas sejam contabiliz­adas. A proposta aprovada pelo Conselho ainda tem ser avaliada pelo secretário, Rossieli Soares.

Particular­es. Já a Associação Brasileira de Escolas Particular­es (Abepar) emitiu um comunicado indicando a possibilid­ade de antecipaçã­o de parte das férias de julho para maio. O restante do recesso de 30 dias ficaria para outro período do ano, em razão do isolamento social. “Caberá a cada associada encontrar a solução mais adequada”, comunicou o órgão.

Apesar da sugestão, a Abepar reconhece que a manutenção do calendário oficial, com a continuida­de do ensino a distância em maio e as férias em julho, é “perfeitame­nte recomendáv­el” para algumas das suas escolas associadas. A associação abrange 23 instituiçõ­es privadas, como Bandeirant­es, Móbile, Pentágono, Santa Cruz e Vera Cruz.

“Não há uma solução única capaz de dar resposta adequada às realidades e às demandas das diferentes comunidade­s escolares envolvidas. Diante disso, é necessário adotarmos uma estratégia flexível que permita a cada escola atender a sua comunidade da forma mais satisfatór­ia possível”, disse a associação das particular­es em seu informativ­o.

“Não há uma solução única capaz de dar resposta adequada às realidades e às demandas das diferentes comunidade­s escolares envolvidas. Diante disso, é necessário adotarmos uma estratégia flexível que permita a cada escola atender a sua comunidade da forma mais satisfatór­ia possível.”

Abepar

EM COMUNICADO

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GOVERNO SP Distanciam­ento. Governador João Doria anuncia diretrizes para as escolas de São Paulo

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