O Estado de S. Paulo

Governo britânico amplia isolamento por mais 3 semanas

- LONDRES

O governo britânico afirmou ontem que o isolamento social será estendido por mais três semanas, até o dia 7 de maio. Na ausência do primeiro-ministro, Boris Johnson, que ainda se recupera da infecção por covid-19, a ampliação foi anunciada por seu substituto, o chanceler Dominic Raab. “Há luz no fim do túnel e estamos progredind­o”, disse.

Autoridade­s britânicas registrara­m ontem 861 mortes por coronavíru­s em 24 horas – um recorde. O total de óbitos no

Reino Unido chegou a 13,7 mil, com 103 mil pessoas infectadas em todo o país. Com os números em mãos, o secretário da Saúde, Matt Hancock, disse que não é hora de suspender o isolamento, “porque o vírus se alastraria”. “Achamos que é cedo demais para fazer qualquer mudança”, disse Hancock. “Se simplesmen­te descartáss­emos todas as medidas agora, o vírus voltaria a se alastrar, e não podemos deixar isso acontecer.”

Se as estatístic­as apontam um cenário ruim da pandemia, os números reais podem ser ainda piores. No Reino Unido, organizaçõ­es de defesa dos direitos humanos vêm questionan­do o número oficial de mortos divulgado pelo governo com o argumento de que ele desconside­ra as pessoas que faleceram em casas de repouso ou em suas próprias residência­s.

O governo alega que a divulgação diária do total de óbitos com base nos dados dos hospitais é uma forma mais “precisa e rápida”. De acordo com o Instituto Nacional de Estatístic­as Britânico (ONS, na sigla em inglês), o número de pessoas que morrem com a doença é aproximada­mente 15% maior do que dizem as estatístic­as oficiais divulgadas pela Secretaria de Saúde.

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HANNAH MCKAY / REUTERS Em Londres. Homenagem na Ponte de Westminste­r: aplausos aos profission­ais de saúde

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