O Estado de S. Paulo

Carros animais

Lista inclui sobretudo mamíferos, além de serpentes, aves, peixes e até insetos

- Tião Oliveira

• Nomes associados a bichos, como jaguar, puma e mustang, inspiram marcas de veículos.

Um bom nome é, sem dúvida, um dos requisitos básicos para garantir o sucesso de um produto. No universo sobre rodas, a identifica­ção pode ter origem sem graça, como siglas e sequências de letras e números, partir de conceitos rebuscados ou mesmo reproduzir a simplicida­de poética da natureza.

É o caso de marcas e modelos com nomes de animais. No primeiro grupo estão a inglesa Jaguar e a brasileira Puma. Dos carros propriamen­te ditos, dá para listar uns 50 no mundo inteiro – alguns são figurinhas carimbadas inclusive no jogo de conhecimen­tos gerais “Stop” (também conhecido como Adedonha! ou Salada de Frutas).

É o caso de Mustang, que remete a animais selvagens, e Beetle (besouro), como o Fusca ficou conhecido sobretudo nos países de linha inglesa. Aliás, o Volkswagen foi batizado com o nome do inseto em vários mercados. Na Itália, o carro era conhecido como Maggiolino e na Venezuela, como Escarabajo.

As marcas norte-americanas são certamente as que mais recorrem a nomes de animais para batizar seus carros. Além do mítico cupê da Ford, fazem parte da lista modelos como Shelby Cobra, Dodge Viper (víbora), Mercury Cougar (puma ou onça), Buick Wildcat (gato selvagem), Ram (ovelha) e Chevrolet Impala (antílope).

Dos, digamos, aquáticos, fazem parte o Plymouth Barracuda (tipo de peixe marinho) e o Chevrolet Stingray (arraia). No grupo alado há o Ford Thunderbir­d (pássaro do trovão) e o Pontiac Firebird (pássaro de fogo).

Professor de Mestrado Profission­al em Comportame­nto do Consumidor da ESPM de São Paulo, Fabio Mariano Borges afirma que o nome vai sendo definido juntamente com o desenvolvi­mento do produto. “Em geral, a escolha será feita entre duas, três ou quatro opções.”

Ele lembra que não basta o nome ser bom – para fazer sucesso o produto ou serviço tem de ter qualidade. Mas lembra que o termo não poder remeter a algo negativo. Com globalizaç­ão, o cuidado deve ser redobrado.

A Mitsubishi, por exemplo, rebatizou o Pajero de Montero em alguns mercados de língua latina nos quais o termo original é uma gíria para onanista. Já a chinesa Chana só mudou o nome para Changan após cinco anos de presença no Brasil.

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