O que há de novo no mercado brasileiro
Conheça cinco modelos de veículos de duas ou três rodas, movidos a eletricidade, que ajudam a escapar do trânsito, economizar dinheiro e não poluem o ambiente
Há pouco tempo, os veículos elétricos eram vistos como o futuro da mobilidade. Hoje, patinetes, scooters e motos movidos a eletricidade já estão presentes em nossas ruas e avenidas. Embora ainda em pequena quantidade se comparada aos modelos a combustão, os veículos de duas rodas elétricos estão crescendo no Brasil. Sem poluir nem emitir ruídos, são vistos como alternativa para fugir do trânsito e ganhar tempo com a vantagem de não impactar o meio ambiente.
Há diversas opções no mercado, que vão desde simples “patinetes” com assentos, passando pelas scooters urbanas, até modelos que se parecem com motos de verdade e precisam de CNH da categoria A.
QUANTO MAIS POTENTE, MAIS CARO
As diferenças passam ainda pela potência do motor e autonomia da bateria. E, assim como nas motos movidas a gasolina ou etanol, quanto mais “potente” ou com mais carga, mais alto é o preço.
A escolha vai depender do uso que dará ao veículo. Se você roda poucos quilômetros e só vai de casa para o trabalho diariamente, um patinete pode servir. Mas, caso tenha de atravessar avenidas de trânsito mais intenso e percorrer distâncias maiores, uma scooter elétrica será mais apropriada.
Além da autonomia e potência, é preciso prestar atenção ao tipo de bateria. Existem as de chumbo, mais simples e baratas, e as de íons de lítio, semelhantes às utilizadas nos smartphones, que têm maior vida útil e são mais modernas.
Outro fator a ser levado em conta é o tempo de recarga da bateria. A grande maioria das opções à venda já traz um carregador embutido; porém, uma recarga completa pode levar entre três e cinco horas. Há carregadores especiais que reduzem esse tempo, mas são comercializados separadamente e custam entre R$ 700 e R$ 1.200.
BATERIAS IMPORTADAS
Os preços dos veículos de duas rodas elétricos variam de R$ 5.000, para o patinete MUV com motor de 1500 W e que chega a 45 km/h, a R$ 19.000, no caso da motocicleta Super Soco TC, que tem motor de 3.000 W e atinge 75 km/h.
O valor elevado é justificado, em parte, pela bateria, que não é fabricada no Brasil e precisa ser importada. Também não existe uma política de incentivo às motos, como acontece com os automóveis elétricos, que estão isentos do imposto de importação de 35% desde 2015.
PATINETE MUV
Fabricado na China e montado pela paranaense MXF Motors, o patinete MUV (da sigla mobility
urban vehicle, ou veículo de mobilidade urbana) é indicado para trajetos curtos, de até 5 km. Tem quatro baterias de ácido chumbo, com até 1.600 W de potência, o suficiente para chegar a 45 km/h com autonomia para até 25 km. O tempo de uma recarga completa é de quatro a seis horas. No MUV, o condutor vai sentado em um pequeno banco, com os pés apoiados na plataforma. Esse tipo de veículo ainda não consta no Código de Trânsito Brasileiro (CTB); portanto, não é preciso carteira de habilitação nem mesmo o capacete é obrigatório – mas seu uso é recomendado para sua segurança.
O MUV tem acelerador no punho, faróis em LED e freios a disco. Disponível em três acabamentos, o preço parte de R$ 5.300. Mais informações no site www.mxfmotors.com.br.