O Estado de S. Paulo

O que há de novo no mercado brasileiro

Conheça cinco modelos de veículos de duas ou três rodas, movidos a eletricida­de, que ajudam a escapar do trânsito, economizar dinheiro e não poluem o ambiente

- Por Arthur Caldeira

Há pouco tempo, os veículos elétricos eram vistos como o futuro da mobilidade. Hoje, patinetes, scooters e motos movidos a eletricida­de já estão presentes em nossas ruas e avenidas. Embora ainda em pequena quantidade se comparada aos modelos a combustão, os veículos de duas rodas elétricos estão crescendo no Brasil. Sem poluir nem emitir ruídos, são vistos como alternativ­a para fugir do trânsito e ganhar tempo com a vantagem de não impactar o meio ambiente.

Há diversas opções no mercado, que vão desde simples “patinetes” com assentos, passando pelas scooters urbanas, até modelos que se parecem com motos de verdade e precisam de CNH da categoria A.

QUANTO MAIS POTENTE, MAIS CARO

As diferenças passam ainda pela potência do motor e autonomia da bateria. E, assim como nas motos movidas a gasolina ou etanol, quanto mais “potente” ou com mais carga, mais alto é o preço.

A escolha vai depender do uso que dará ao veículo. Se você roda poucos quilômetro­s e só vai de casa para o trabalho diariament­e, um patinete pode servir. Mas, caso tenha de atravessar avenidas de trânsito mais intenso e percorrer distâncias maiores, uma scooter elétrica será mais apropriada.

Além da autonomia e potência, é preciso prestar atenção ao tipo de bateria. Existem as de chumbo, mais simples e baratas, e as de íons de lítio, semelhante­s às utilizadas nos smartphone­s, que têm maior vida útil e são mais modernas.

Outro fator a ser levado em conta é o tempo de recarga da bateria. A grande maioria das opções à venda já traz um carregador embutido; porém, uma recarga completa pode levar entre três e cinco horas. Há carregador­es especiais que reduzem esse tempo, mas são comerciali­zados separadame­nte e custam entre R$ 700 e R$ 1.200.

BATERIAS IMPORTADAS

Os preços dos veículos de duas rodas elétricos variam de R$ 5.000, para o patinete MUV com motor de 1500 W e que chega a 45 km/h, a R$ 19.000, no caso da motociclet­a Super Soco TC, que tem motor de 3.000 W e atinge 75 km/h.

O valor elevado é justificad­o, em parte, pela bateria, que não é fabricada no Brasil e precisa ser importada. Também não existe uma política de incentivo às motos, como acontece com os automóveis elétricos, que estão isentos do imposto de importação de 35% desde 2015.

PATINETE MUV

Fabricado na China e montado pela paranaense MXF Motors, o patinete MUV (da sigla mobility

urban vehicle, ou veículo de mobilidade urbana) é indicado para trajetos curtos, de até 5 km. Tem quatro baterias de ácido chumbo, com até 1.600 W de potência, o suficiente para chegar a 45 km/h com autonomia para até 25 km. O tempo de uma recarga completa é de quatro a seis horas. No MUV, o condutor vai sentado em um pequeno banco, com os pés apoiados na plataforma. Esse tipo de veículo ainda não consta no Código de Trânsito Brasileiro (CTB); portanto, não é preciso carteira de habilitaçã­o nem mesmo o capacete é obrigatóri­o – mas seu uso é recomendad­o para sua segurança.

O MUV tem acelerador no punho, faróis em LED e freios a disco. Disponível em três acabamento­s, o preço parte de R$ 5.300. Mais informaçõe­s no site www.mxfmotors.com.br.

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Foto: Rafael Araújo (PZTV) A scooter elétrica EV 01, da Voltz, custa cerca de R$ 9 mil e atinge 60 km/h
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O patinete MUV tem quatro baterias de ácido chumbo, suficiente­s para chegar a 45 km/h, com autonomia para até 25 km

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